Café começa 2025 com poucos negócios, mas preços permanecem firmes
por Redação Conexão Safra
em 09/01/2025 às 5h00
2 min de leitura

Foto: divulgação
O mercado brasileiro de café começa o ano de 2025 com uma movimentação tímida, marcado por poucos negócios e uma presença reduzida de agentes ativos. De acordo com levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), parte dos compradores e vendedores ainda está se recuperando das festas de fim de ano, mantendo-se afastados do mercado spot nacional.
Os colaboradores do Cepea preveem que a comercialização do café deve começar a ganhar ritmo a partir desta ou da próxima semana, sinalizando uma retomada gradual das atividades. No entanto, as expectativas para a safra de 2025 são de uma oferta limitada no Brasil, o que tem sustentado os preços do café arábica. As cotações atuais estão em níveis reais comparáveis aos de 1997, quando ajustados pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de dezembro de 2024.
Para o café robusta, a situação é igualmente restrita. Pesquisadores do Cepea destacam que o Vietnã, que é o maior produtor desta variedade, está enfrentando uma redução na produção para a safra 2024/25, além de dificuldades logísticas para exportar para os principais mercados consumidores. Isso implica que a oferta mundial de robusta seguirá apertada, elevando a demanda pelo café brasileiro.
No início de 2025, o café robusta atinge patamares recordes na série histórica do Cepea, com o Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, peneira 13 acima, registrando preços superiores a R$ 1.800 por saca de 60 kg no Espírito Santo, refletindo a escassez global e a forte demanda pelo produto nacional.
Este cenário sugere que, mesmo com uma liquidez inicial baixa, o mercado brasileiro de café pode estar no limiar de um ano potencialmente rentável para os produtores, com preços sustentados por uma oferta limitada tanto no mercado interno quanto no externo.
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