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Agro Rio de Janeiro

Um Rio de Janeiro cada vez mais doce

A produção de mel no Estado ainda é tímida, mas há planos de quase dobrar o extrativismo nos próximos anos

por Fernanda Zandonadi

em 01/08/2022 às 9h19

2 min de leitura

Um Rio de Janeiro cada vez mais doce

Foto: divulgação

O Estado do Rio de Janeiro tem uma produção ainda baixa de mel, no entanto, é uma produção alternativa, que gera renda extra para o produtor rural. Foram retirados das colmeias, em 2020, 412,8 mil quilos do produto, o que indica um crescimento desde 2016, quando saíram dos apiários 353,5 mil quilos de mel. 

Os municípios maiores produtores são Nova Friburgo, que responde por 17,8% da produção, seguido de Rio Bonito (10,41%), São Fidélis (7,46%), Teresópolis (5,57%) e Itaocara (5,17%). 

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Um levantamento feito em 2021 aponta que o Estado reunia 1.480 produtores, a maioria da agricultura familiar, explica Nelson Victor de Oliveira Silva, diretor da Fumel, agroindústria localizada em Cachoeiras de Macacu. “O mel agrega renda à propriedade e não tem alto custo de produção. Basta ter uma mata, uma capoeira. Tem alguns pontos, no Estado, que são bem conhecidos pelo mel. Exemplo é Nova Friburgo, que tem o Museu do Mel e recebe muitas visitas”. 

Mas há muito o que crescer, avalia Victor. “Nossa projeção é de 900 mil quilos por ano. Estabelecemos um planejamento, mas a pandemia adiou os planos e não fizemos revisão em colmeias, investimentos em pastagens ou reuniões com apicultores. A retomada, no entanto, já começou. No início de 2022, nos reunimos com a Secretaria de Agricultura para fazer um trabalho e dinamizar essa cadeia”. 

Museu da Abelha passa por reformas

Às margens da rodovia “Terê-Fri” (RJ-130, que liga Nova Friburgo a Teresópolis), há 25 anos a empresa familiar “Amigos da Terra” chama atenção entre os apreciadores do mel. Lá funciona o “Museu da Abelha”, que recebe estudantes de todo o Estado do Rio de Janeiro com atividades de turismo pedagógico. O museu está sendo reformado e a expectativa é que reabra em breve, informou o proprietário, Luiz Moraes. 

Além do espaço, o empreendimento conta com uma loja onde são comercializados méis de produção própria e de outros 20 apicultores da região que criam abelhas africanizadas com extração de mel de floradas silvestres. A produção total é de oito toneladas/mês, que é escoada para o Grande Rio, tendo como clientes principais lojas de produtos naturais.

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