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Tecnologia

Primeiro satélite brasileiro, já em operação, vai monitorar atividade agrícola

O Amazonia 1 foi programado para gerar imagens a cada cinco dias e também poderá fornecer dados de um ponto específico, em uma área agrícola, por exemplo, em dois dias

por Equipe SNA Rio

em 05/03/2021 às 10h17

3 min de leitura

Primeiro satélite brasileiro, já em operação, vai monitorar atividade agrícola

O satélite Amazonia 1, de observação da Terra, o primeiro a ser totalmente elaborado e operado pelo Brasil, já entrou em operação e irá captar dados para o monitoramento da agricultura em todo o território nacional, além de informações sobre a ocorrência de problemas ambientais.

Lançado no último domingo em Sriharikota, na Índia, pela agência espacial Indian Space Research Organisation (ISRO),
o satélite foi
construído pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com a Agência Espacial Brasileira, sob a coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

O diretor técnico da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Marcos Fava Neves, comemorou a iniciativa. “Sensacional. É o Brasil participando como protagonista da questão ambiental mundial ”.

Para o chefe geral da Embrapa Territorial e titular da Academia Nacional de Agricultura da SNA, Evaristo de Miranda, o Amazonia 1 “representa uma conquista relevante para o País, sendo o primeiro satélite imageador (de captura de imagens) 100% brasileiro, e de alcance planetário ”.

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Miranda destacou ainda que o Amazonia 1 serviu para validar o funcionamento da Plataforma Multimissão (PMM), uma estrutura inovadora para o lançamento de satélites desenvolvida pelo Inpe, que servirá para futuras operações, reduzindo, dessa forma, os custos dos projetos espaciais.

Além disso, o especialista afirmou que os mecanismos de abertura dos paineis solares que integram o sistema representam um ganho relevante para a indústria nacional.

Funcionalidade
O Amazonia 1 foi programado para gerar imagens a cada cinco dias e também poderá fornecer dados de um ponto específico, em uma área agrícola, por exemplo, em dois dias.

Com seis quilômetros de fios e 14 mil conexões elétricas, o satélite será capaz de monitorar uma faixa de cerca de 850 km com 64 metros de resolução temporal, aspecto considerado bastante positivo pelo chefe geral da Embrapa.

O Inpe ressaltou que a Missão deverá garantir ganhos tecnológicos ao país, com o desenvolvimento da indústria nacional
(Foto: divulgação)

A empresa, que tem grande experiência na área de monitoramento espacial, também participou do processo de elaboração do satélite junto ao Inpe, ao definir os requisitos básicos para sua construção.

“No momento, o Instituto está em fase de aprendizado a respeito do controle do satélite, em operações iniciais de altitude e de atitude (que envolve técnicas de orientação e posicionamento) ”, explicou Miranda.

Segundo o instituto de pesquisas, o novo satélite irá permitir ainda a observação da região costeira do Brasil, dos reservatórios de água e das florestas.

Metas
O lançamento faz parte do programa Missão Amazonia, que prevê o desenvolvimento do Amazonia 1B e o Amazonia 2.

O Inpe ressaltou que a Missão deverá garantir ganhos tecnológicos ao País, com o desenvolvimento da indústria nacional e da consolidação do conhecimento a respeito do desenvolvimento de satélites.

Fontes: Inpe e Embrapa, disponível em SNA

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