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Tecnologia

Congresso da Aviação Agrícola terá tecnologia de drones que operam em grupo e automaticamente

Novidade será uma das atrações no evento em Sertãozinho e foi destaque nessa terça-feira na imprensa israelense

por Imprensa Sindag

em 25/06/2019 às 22h34

4 min de leitura

Congresso da Aviação Agrícola terá tecnologia de drones que operam em grupo e automaticamente

Testes com aplicações em modo swarming ocorreram este mês em Gravataí. (Fotos: SkyDrones/Divulgação)

Duas empresas, uma brasileira e outra israelense, se uniram para desenvolver no Brasil um sistema para o uso de drones de pulverização com voos automáticos em modo swarming (do inglês voo em enxames ou “enxameamento ”). A novidade será apresentada pela primeira vez ao público no Congresso da Aviação Agrícola do Brasil, que vai ocorrer em Sertãozinho/SP, de 30 de julho a 1º de agosto. O objetivo é otimizar o trato de lavouras com aparelhos pequenos &ndash, dentro do limite de 25 quilos previstos na legislação brasileira para veículos aéreos não-tripulados (vants) sem a exigência de certificação do aparelho e do piloto.


A notícia da parceria repercutiu nessa terça-feira (25) na imprensa israelense, com reportagem no site da revista Israel Defense.

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Associada ao Sindag, a empresa foi a primeira (e possivelmente ainda a única)
de drones associada a uma entidade aeroagrícola no mundo. Os primeiros testes do novo sistema ocorreram este mês no campo de prova em Gravataí, na Região metropolitana de Porto Alegre. Segundo o CEO da empresa brasileira, Ulf Bogdawa, a expectativa é de que a novidade esteja à disposição no mercado brasileiro logo após o congresso aeroagrícola. Tanto para produtores quanto como ferramenta auxiliar para empresas aeroagrícolas. “Nossa intenção é poder oferecer essa tecnologia comercialmente a partir de setembro, já na segunda safra brasileira ”, completa.

Em novembro, será a vez das duas empresas do ramo
levarem a novidade para a na 8ª Conferência Internacional sobre Veículos não-Tripulados (UVID Conference 2019), em Tel Aviv, Israel. “Estamos profundamente impressionados com o profissionalismo da empresa e esperamos alavancar nossa sinergia para oportunidades tangíveis nos mercados da América do Norte, Central e do Sul ”, ressalta o CEO da empresa israelense, Eylon Sorek, indicando que a parceria entre as duas empresas deve se expandir para todo o continente.

Técnicos israelenses e brasileiros trabalharam junto para unirem suas tecnologias.

Tecnologia

Fundada em 2008 e com sede em Porto Alegre, a empresa brasileira é especializada em soluções com aparelhos não-tripulados tanto para captação e processamento de imagem para diagnósticos em lavouras e diversas outras frentes de atuação, além de equipamentos para pulverização. Já a israelense
tem sede em Ramat Hasharon (a 14 quilômetro de Tel Aviv) e está entrando na parceria com a tecnologia de voo em grupo, com os drones “conversando ” entre si, de modo que um complemente o outro na operação e contando ainda com sistema que previne colisões entre os aparelhos ou com obstáculos.


No quesito mercado, a empresa gaúcha atua no segmento B2B e é certificada em muitas plataformas de gestão agrícola como a Basf Digital Farming e Monsanto Climate FieldView, entre outras. Além do mercado civil, a brasileira
foi certificada no início de 2018 pelo Ministério da Defesa do Brasil como uma Empresa Estratégica de Defesa. Em janeiro de 2018 ela desmembrou seu segmento agrícola criando outra empresa, cujo case foi apresentado seis meses depois em um encontro de investidores e analistas de mercado na Nasdaq, em Nova Iorque

Já a parceira israelense é uma empresa de tecnologia de robótica agrícola especializada em modelos de trabalho integrado entre os equipamentos. Sua patente de algoritmos swarming permite não só que os drones voem em conjunto, mas se complementem em uma tarefa a partir da leitura total da área tratada. Em miúdos, o sistema possibilita, por exemplo, que o grupo de drones atue em taxa variável de pulverizações em vários pontos específicos da lavoura (para correções de problemas localizados). Fundada em 2017, cresceu com apoio de investidores do mercado financeiro e com subsídios do governo Israelense.

Capacidade de operação em conjunto será uma das grandes novidades no Congresso da Aviação Agrícola.


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