Professor da Ufes apresenta feitos para crescimento da cafeicultura

Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) é a instituição que mais publicou artigos científicos no mundo sobre a cultura do café conilon, entre os anos de 2008 a 2023. Foram 198 publicações. O panorama desses estudos foi tema da reunião desta terça-feira (4) da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).

O professor e engenheiro agrônomo Fábio Luiz Partelli falou sobre pesquisa e desenvolvimento da agricultura capixaba. Partelli é diretor de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) da Ufes e coordenador do Núcleo de Excelência de Pesquisa em Café Conilon.

O núcleo realiza diversas pesquisas sobre a espécie, quanto a melhoramento, fisiologia, nutrição e manejo. Segundo Partelli, os programas de pós-graduação e de iniciação científica geram novas tecnologias de cultivo, mais eficientes, rentáveis e sustentáveis.

Como destaque na parte de inovação, a Ufes alcançou o registro de sete novas cultivares agrícolas (variedades de plantas obtidas por técnicas de melhoramento genético), habilitadas para a produção e comercialização de sementes e mudas.

“A pesquisa gera desenvolvimento. Ao aplicar uma tecnologia no manejo da planta, quanto mais conhecimento você tem, melhor vai ser a sua decisão, mais econômica e mais eficiente. A academia vem para aperfeiçoar esse conhecimento, a técnica e o manejo e assim todo mundo ganha”, pontuou Partelli.

O presidente da Comissão de Agricultura, Lucas Scaramussa (Podemos), ressaltou a importância da pesquisa e inovação para o desenvolvimento da agricultura no Estado.

“Os números da Ufes são extraordinários, com a formação de mestres e doutores que agregam muito valor ao melhoramento da produção agrícola do café no Espírito Santo”, concluiu Scaramussa.

Conilon

O Espírito Santo é referência na cafeicultura do conilon. Segundo dados do Incaper, o Estado é o maior produtor de café conilon do Brasil, responsável por aproximadamente 75% da produção nacional, e representa 35% do Produto Interno Bruto (PIB) agrícola estadual. São 40 mil propriedades rurais em 63 municípios, com 78 mil famílias produtoras.