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O gengibre experimentou, em 2020, um ano de ouro. Com o preço da caixa oscilando entre R$ 40 e R$ 150, os produtores conseguiram bons rendimentos com a cultura. Saíram, dos 656 hectares das lavouras capixabas, 35,9 mil toneladas da raiz. A produtividade também ficou em alta, com 54,7 mil quilos por hectare.
Segundo a produtora e exportadora de gengibre de Santa Leopoldina, Erineia Plascer Bellardt, a produção, em 2021, foi parecida com a do ano anterior. No entanto, o mercado mudou, o que não rendeu tanto retorno aos produtores. “O preço não ficou tão alto quanto em 2020, numa média de R$ 30 a R$ 50 a caixa, o que não é ruim. Mas o plantio ficou muito caro. Não houve prejuízo, mas o produtor precisou investir o que vendeu no plantio do ano que vem”, avalia.
Os insumos pesaram na conta. O saco de adubo que estava entre R$ 70 e R$ 80, em 2020, mais do que dobraram de preço e foram encontrados, no mercado, entre R$ 150 e R$ 250. O chamado “cano azul”, o mais usado para a irrigação, que custava R$ 23, chegou aos R$ 67. Então, pondera Erineia, para dar lucro, a caixa deveria estar a, pelo menos, R$ 80. “A produção foi boa, mas ficamos ‘amarrados’. O dinheiro que veio da venda será usado na próxima safra”, explica.
Um outro problema global também afetou o comércio da raiz. “Havia demanda de exportação. Tínhamos mercadoria e até conseguiríamos mandar mais para fora. Mas a falta de contêineres atrapalhou um pouco”, conta a produtora e exportadora, avaliando, ainda, que todos os produtores da região plantaram novamente e apostam que 2022 será um ano melhor.
O exportador de gengibre Djalma Santana também faz a leitura de que o aumento de valores dos insumos foi o grande vilão da produção em 2021. “O mercado internacional não acompanhou o aumento de preços por aqui. Tudo subiu em função da pandemia. Basicamente triplicou o preço dos insumos”, explicou.





