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A produção de maracujá no Espírito Santo teve uma queda acentuada de 2014 – quando 70,3 mil toneladas do fruto saíram dos pomares capixabas – para 2020, com 16,9 mil toneladas.
Em 2020, os maiores produtores capixabas foram Sooretama, Linhares, São Mateus, Jaguaré e Conceição da Barra. “Mas a área plantada no Espírito Santo oscila muito e isso compromete o arranjo produtivo da cultura”, avalia Ederaldo Pancieri Flegler, extensionista do Incaper e atualmente coordenador de Fruticultura da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).
Vírus do endurecimento do fruto
Há muito o que ser feito. Em outubro de 2006, o vírus do endurecimento dos frutos do maracujazeiro foi diagnosticado em lavouras de Sooretama. Depois, disseminou-se por diversos municípios do Norte capixaba, como Aracruz, Linhares, Jaguaré, São Mateus, Conceição da Barra, Pinheiros, Boa Esperança e Pedro Canário.
A doença, segundo uma publicação do Incaper, reduz drasticamente a produtividade da lavoura, causando perdas de até 60% na produção, dependendo da época do ano em que os maracujazeiros são infectados. Os principais danos são a redução do volume da polpa e a qualidade visual da fruta, que impacta diretamente na comercialização.
Esse é um dos motivos que se necessita deste novo arranjo produtivo. “Por exemplo, em Santa Catarina, eles fazem o chamado holding. Plantam maracujá numa área em um ano. No seguinte, deixam a terra descansar, para tirar o vírus de lá. Eles têm práticas e critérios e usam medidas sanitárias que ainda não utilizamos por aqui”, ressalta Flegler.
Mas há trabalhos sendo feitos no Espírito Santo em prol do cultivo. A Seag acessou recursos do Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia (Funcitec) em meados de 2019, com a proposta de expandir o cultivo em mais 450 hectares. Além disso, há o programa Inovafrut, com mudas subsidiadas e produzidas no Norte do Estado. Elas são repassadas para produtores de São Mateus, Sooretama, Conceição da Barra, Jaguaré e Pedro Canário. Há assistência técnica, com apoio do Incaper, para auxiliar os produtores no plantio.
“Esse mesmo projeto contempla a indicação de variedades mais adaptadas ao Estado. Não havia, antes, pesquisa apontando isso. Sempre usaram as variedades FB200 e FB300, uma de polpa, outra de mesa. Mas a Embrapa lançou variedades tolerantes à seca e tem rusticidade. O Incaper adquiriu as sementes e já temos três experimentos nas fazendas de Pacotuba, Santa Maria de Jetibá e Sooretama”, explica Flegler, apontando que há oito variedades em teste.
Esse trabalho mostra a tecnologia a favor do agronegócio. “Temos de aumentar a produtividade com mudas melhoradas e tratos culturais”, finaliza.





