Contaminantes em carnes podem ser detectados por meio de raio-x

No segmento de produção de carne, essa norma torna-se especialmente relevante. Um exemplo é o do processamento do peito de frango,  onde detectar a presença de ossos ou qualquer outro material que comprometa a qualidade do produto, é essencial. Essas medidas não apenas salvaguardam a saúde dos consumidores, mas também protegem a reputação das marcas envolvidas.

Neste sentido, o mercado vivencia uma fase de avanços tecnológicos na indústria que oferecem controle refinado na detecção dos chamados contaminantes.  Um raio-x projetado foi desenvolvido e pode detectar corpos estranhos menores que 1 mm, entre eles ossos em cortes que já, “teoricamente” deveriam estar “limpos”, mas por alguma falha, passaram pelo processo produtivo.

Ele também identifica a presença de materiais metálicos, de vidro, pedras, cerâmicas, plásticos densos e outros resíduos. A identificação minuciosa é ágil, permitindo a remoção imediata dos produtos comprometidos na linha de produção, automaticamente.

Gilberto Inácio Dick, diretor operacional da Soma Solution, criadora do raio-x, destaca a importância dessa tecnologia: “Durante o processo de manipulação, o alimento pode receber um contaminante indesejado. Alguns são do próprio produto, como os ossos das carnes. A forma de encontrar um pedacinho de osso que possa ter ficado no meio de um corte de carne é através do raio-x. O equipamento detecta a matéria sólida, tornando-a visível para a máquina. A tecnologia de raio-x é a mais avançada técnica para a inspeção de alimentos inclusive em um cenário 4.0, ao possibilitar armazenamento de dados em software para possível rastreabilidade“. 

Conforme o diretor, o raio-x será apresentada ao mercado na edição 2023 da Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne (Mercoagro). O evento será vitrine para o debate do tema, bem como para a apresentação de soluções disruptivas. A Mercoagro acontece em Chapecó/SC, entre os dias 12 e 15 de setembro.