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Sustentabilidade

Sustentabilidade Capixaba | Discutir o desenvolvimento sustentável é salvar o planeta em que vivemos

Assunto será tema da palestra do professor de Ecologia Francelino José Lamy de Miranda Grando, no evento Sustentabilidade Capixaba

por Fernanda Zandonadi

em 26/05/2021 às 11h33

6 min de leitura

Sustentabilidade Capixaba | Discutir o desenvolvimento sustentável é salvar o planeta em que vivemos

Quem foi criança ou adolescente nos anos 1990, deve se lembrar da série "Família Dinossauro", que passava nos finais das manhãs nas TVs brasileiras. No último episódio da saga, batizado de "Mudando a Natureza", uma fábrica extermina uma espécie de besouros que atua como controle natural de um tipo de planta. A planta, sem quaisquer predadores, toma conta de tudo, claro. E o patriarca da trupe, o Dino, é o responsável por exterminar a vegetação descontrolada. Ele exagera na dose de um veneno, mata várias plantas… Daí à extinção dos dinossauros, é um pulo. 

O triste final do seriado foi uma aula de ecologia e, claro, uma forma idílica de ensinar aos pequenos a importância do equilíbrio ecológico. Nosso planeta – o único habitável entre milhões, bilhões de outros universo afora – é uma máquina tão evoluída, tão sincronizada, que um único elo que se rompe ou enfraquece pode ser o canal para um futuro impensável para todos que nele habitam. 

E o impensável tem que ser pensado agora. E dito. E refletido. Na palestra do professor de Ecologia da Universidade Federal de São Carlos, Francelino José Lamy de Miranda Grando, que será ministrada na próxima terça-feira (2), durante o evento Sustentabilidade Capixaba, o tema será "A evolução do conceito de desenvolvimento sustentável", assunto que há muito vem sendo discutido e é mais atual e urgente do que nunca.

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"A estrutura da palestra vai trazer essa noção que nasceu na década de 1980, de desenvolvimento sustentável, ou seja, considera os três fundamentos para um desenvolvimento equilibrado: o desenvolvimento econômico, o ambiental – considerando as potencialidades e  finitude dos recursos ambientais – e o social, que inclui a melhoria  da qualidade de vida da população, por meio da percepção do emprego e melhora do ambiente do trabalho". 

Segundo Grando, a última etapa da noção de desenvolvimento sustentável é a que vivemos, "buscando, por meio da educação ambiental transformar a sua cidade desde o início da vida de cada um, de maneira que ele se compreenda estar em um planeta com recursos limitados e com desafios insuperáveis para harmonizar a qualidade de vida com o uso predatório decorrente do regime capitalista de produção, que visa ao lucro, e  ao modelo estatal de produção". 

Ele completa, afirmando que o caminho ecológico e sustentável tem, em sua base, a educação. "Há uma expectativa positiva se houver a transformação das mentalidades das presentes e futuras gerações em relação a ma economia sustentável, ou seja, uma economia verde com infinitude de possibilidades para reformar o sistema produtivo atual nos regimes de produção do planeta, em uma estrutura com novas oportunidades, como a substituição de energia fóssil, de insumos e materiais finitos e degradadores de ambiente – ferro, plásticos – em direção a novos produtos". 

O Seminário Sustentabilidade Capixaba acontece nos dias 1º e 2 de junho, em Guaçuí, no Caparaó. O evento, que será ministrado de forma on-line, busca apoiar e divulgar iniciativas que visam à recuperação, preservação e uso responsável dos recursos naturais no Espírito Santo. No final das palestras, será emitido certificado de participação com carga horária de 12 horas.

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Sobre Francelino José Lamy de Miranda Grando
Dr. Francelino José Lamy de Miranda Grando é professor de Ecologia da Universidade Federal de São Carlos, graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (1982) e Doutor em Ciências Naturais, Área de Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (1999). Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade Federal de São Carlos, DEBE UFSCar. Ministra as Disciplinas Controle de Poluição e Conservação de Recursos Naturais, Biologia Geral e Direito Ambiental, Foi Secretário Nacional de Inovação, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, MDIC, e Secretário Nacional de Tecnologia e Inovação, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, MCTI. Foi Coordenador de Educação Ambiental, na Sede Mundial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, PNUMA/UNEP. Foi Secretário Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, da Município de São Carlos, SP, e foi Pro-Reitor, Procurador Geral, da Universidade Federal de São Carlos, UFSCar. Presidiu os Comitês Gestores dos Fundos Setorriais de Petróleo, de Energia e de Minerais. Integrou o Comitê Gestor do Fundo Setoria de Telecominicações, FUNTTEL e o Comitê Gestor da Internet no Brasil, CGI.br. Foi Membro Titulas do Conselho Nacional do Meio Abiente, CONAMA. Integrou o Conselho Superior de Ciência e Tecnologia da Federação das Indústrias de São Paulo, FIESP. Implantou e coordenou a Rede de C&T no Programa Brasileiro para a Produção e Uso de Biodiesel, bem como a Rede de C&T no Programa Brasileiro para a Economia do Hidrogênio. Coordenou a elaboração do Projeto da Lei de Inovação (Lei Federal 10.973/04 e seu Regulamento. Foi Autor do Ante-Projeto do Código Municipal de Meio Ambiente de Vitória, ES, pioneiro no Brasil, Lei Municipal 4438, de 6 de junho de 1997.

 

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