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Sustentabilidade

♻️ De casco de barco a lata de cerveja: morador de Anchieta transforma lixo em arte sustentável

por Aqui Notícias

em 06/06/2022 às 18h17

3 min de leitura

♻️ De casco de barco a lata de cerveja: morador de Anchieta transforma lixo em arte sustentável

Pedaços de casco de barcos, fios descartados, pallet, caixas de verdura, partes de troncos de manguezais, latas de cerveja e muitas outras coisas que, naturalmente, iriam para o lixo, nas mãos de Fábio Rosa Machado, morador de Anchieta há 30 anos, se transformam obras de arte.

Ele usa todo esse material para fazer peças como quadros, suporte para livros, esculturas, porta-chaves, porta-guardanapos e muito mais. Em sua maioria, as peças têm formatos de animais marinhos e cores vibrantes. Mas há, também, capelinhas, banquinhos, espelhos, pranchas e chinelos. Tudo a ver com o litoral de Anchieta.

Fábio iniciou no artesanato ainda criança. Ele gostava de desenhar, pintar e criar peças junto com a mãe, que compartilhava do mesmo hobby. O tempo foi passando e, com ele, as obrigações financeiras. Fábio teve diversas profissões e, em um dos seus últimos empregos, trabalhou por 18 anos. Nesse período, ele produziu raríssimas peças para dar de presente a amigos e familiares mais próximos.

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Depois de quase duas décadas nesse emprego, ele decidiu se desligar da empresa para uma nova experiência e, no meio dessa transição, voltou a fazer artesanato. Fábio abriu um perfil no Instagram para expor as peças e, inesperadamente, começou a vender seus produtos e receber encomendas.

Em um momento, Fábio precisou decidir em que função permaneceria e foi então, que surgiu a Rosa dos Ventos, sua marca, a qual se dedica exclusivamente há sete anos.

“Sempre me incomodei com a quantidade de lixo que nós, seres humanos, produzimos. A pessoa pensa que o caminhão do lixo passa na rua, leva seu lixo embora, e está tudo resolvido. Sabe aquela coisa de que os olhos não veem, o coração não sente? Mas não é bem assim. E foi aí que eu comecei a fabricar as peças com o que eu tinha à mão. Coisas que iriam para o lixo. Hoje, eu até compro algumas madeiras, mas sempre estou à procura daquilo que posso reciclar, seja orgânico ou não. Eu criei uma frase e é bem isso. ‘Transformando, reciclando, e trazendo de volta à beleza aquilo que já foi natureza’.”

Isso porque todo tipo de madeira que o mar joga nas areias nos períodos de ressaca, como casco de barcos, troncos dos manguezais da região, galhos e outros tipos de madeira que causam a poluição dos balneários, vira obra de arte. 

Fábio conta que dificilmente consegue fazer peças iguais com materiais recicláveis. Isso porque ele não faz um planejamento sobre o que vai criar com aquele elemento. Ele simplesmente começa e, no meio do processo, decide se dali sairá uma lagosta, um peixe, uma baleia, um cavalo marinho, uma concha ou outras peças.

Atualmente, o artesanato sustentável que Fábio produz é encontrado em alguns estabelecimentos de Iriri, como na cafeteria Empório Rerigtiba, e também pode ser comprado por meio do Instagram. Todas as peças são enviadas para todo o Brasil.

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