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Mercado

Mercado brasileiro de café vê entregas reduzidas de grãos de alta qualidade

por Redação Conexão Safra

em 03/08/2017 às 0h00

3 min de leitura

Mercado brasileiro de café vê entregas reduzidas de grãos de alta qualidade

Exportadores e traders operando no
mercado
brasileiro
de
café
estão reportando
entregas
abaixo do esperado
de
grãos
de
alta
qualidade
à medida que a colheita se aproxima do fim, apontando fatores como clima adverso, a infestação por broca e vendas mais lentas
de
produtores.


O
mercado
global
de
café
já estava esperando volumes menores do Brasil nesta safra, uma vez que o país está em um ano
de
bienalidade
negativa
de
produção, mas a colheita
deverá ser ainda menor do que a estimada inicialmente, especialmente
de
grãos
de
alta
qualidade
para exportação.


Caso a perspectiva negativa se confirme ao passo que a colheita se aproxima
de
sua conclusão ainda em agosto, compradores tradicionais
de
grãos
de
café
brasileiros
de
altaqualidade
poderão ter que buscar o produto em outro lugar.


Um operador do Estado
de
Minas Gerais que trabalha para um das cinco maiores tradings disse que as
entregas
de
grãos
de
alta
qualidade
estão atualmente cerca
de
30 por cento abaixo do período similar do ano passado.


Para comparação, a Companhia Nacional
de
Abastecimento (Conab) está estimando uma safra total (incluindo
café
de
menor qualidade
e o tipo robusta) 11 por cento menor, para 45,5 milhões neste ano, ante 51,3 milhões
de
sacas no ano passado.

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“”Os
grãos
estão menores e muitos lotes estão sendo rejeitados por compradores
devido ao dano da broca além do limite
de
5 por cento””, disse o operador.


Um operador
de
café
em uma comercializadora internacional
de
commodities disse à Reuters que alguns exportadores estão
demonstrando surpresa com o ritmo lento da chegada
de
grãosde
alta
qualidade
ao
mercado.


“”Do meu ponto
de
vista, o problema real é a infestação
de
broca. Mas produtores também estão ajudando a reduzir as
entregas
ao acumular
café
na esperança
de
preços melhores””, disse ele.


A Reuters reportou na semana passada que a atual infestação
de
broca é uma das maiores que se tem notícia.


O primeiro operador disse que os lotes chegando à exportadora mostraram em muitos casos níveis
de
danos por broca
de
7 por cento ou mais.


Casos extremos mostravam danos
de
até 15 por cento.


“”Estamos seguindo o limite
de
5 por cento (nas compras). Mas alguns compradores estão negociando
descontos para receber
café
com danos superiores””, disse ele.


Glaucio
de
Castro, um produtor
de
café
que cultiva 312 hectares na região do Cerrado, em Minas Gerais, disse que foi difícil controlar besouros neste ano, uma vez que os pés no ano
debaixa possuem mais folhas, evitando que os químicos alcancem os insetos. Ele também disse que a falta
de
água pode
ter reduzido o tamanho dos
grãos.


“”Eu esperava uma produção menor,
devido à renovação e
depois da safra cheia no ano passado. Mas, no fim, ela ficará 20 por cento abaixo da minha expectativa.””


A situação pode
já estar impactando os volumes
de
exportação. Os embarques em julho registraram os menores volumes mensais em mais
de
10 anos, a 1,6 milhão
de
sacas.


Eduardo Heron, diretor técnico do Conselho dos Exportadores
de
Café
do Brasil (Cecafé), disse que apesar dos probelmas com a safra e as menores vendas
de
produtores, a
demanda no exterior também está impactando o fluxo
de
café
brasileiro.


“”Consumidores parecem estar bem abastecidos e os preços não estão atraíndo o interesse
deprodutores””, disse ele.


Fonte: Notícias Agrícolas

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