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Mudas de café em sacolas de TNT têm pegamento normal no campo

por Redação Conexão Safra

em 20/05/2016 às 0h00

3 min de leitura

Mudas de café em sacolas de TNT têm pegamento normal no campo

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Por José Braz Matiello &ndash, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé e J.R. Dias e Lucas Franco &ndash, engenheiros agrônomos da Fazenda Sertãozinho

Mudas de café formadas em sacolas de TNT e plantadas sem a retirada do recipiente apresentam, em período chuvoso, bom pegamento e desenvolvimento no campo.

Os recipientes tradicionais mais usados na produção de mudas de café são sacolinhas de polietileno, de 10 x 20 cm, e no plantio a sacola é retirada, plantando-se a muda apenas com seu bloco de terra.

Nos últimos anos surgiram novos recipientes para mudas, como as bandejas, os tubetes e as sacolas de TNT, todas com o uso de substratos artificiais e com menor volume por muda. As sacolas de TNT mais usadas em mudas de café têm dimensões de 4,5 cm de diâmetro por 12 cm de altura, com volume de 260 cm3, sendo cheias com substrato composto por fibra de coco, casca de pinus e adubo de lenta liberação. Como o invólucro do substrato é de tecido fino e poroso e as sacolas não têm fundo, as raízes podem sair pelos furinhos laterais e pela parte inferior do recipiente. Por isso é indicado o plantio sem retirada do recipiente, o que favorece o rendimento da operação.

Detalhe de planta oriunda de mudas de sacola de TNT, aos quatro meses, e após período sem chuvas de 50 dias

No entanto, existem questionamentos quanto ao pegamento dessas mudas, considerando o pequeno volume de substrato, a sua porosidade e a manutenção do invólucro. Os trabalhos de pesquisa e o uso, já em grande escala, de plantio de mudas em sacolas de TNT, vem mostrando a boa viabilidade quanto ao pegamento e desenvolvimento normal dos cafeeiros no pós-plantio, mesmo em condições sem irrigação.

Em trabalho recente, realizado com o plantio de cerca de 600 mil mudas formadas em sacolinhas de TNT, foram acompanhados o pegamento e o aspecto inicial das plantas nos primeiros quatro meses pós-plantio. Essa observação foi efetuada na Fazenda Cachoeira, em Botelhos (MG), com plantio efetuado em final de dezembro de 2015. No período em seguida, em janeiro de 2016: choveu 277 mm, em fevereiro: 154 mm e em março até dia 27: choveu 251 mm, em seguida havendo até inicio de maio cerca de 50 dias sem chuva. Nessa ocasião, avaliou-se o pegamento das mudas, aos quatro meses de campo, obtendo-se um pegamento normal, acima de 95%, em nível semelhante àqueles obtidos com mudas tradicionais, de sacolas plásticas. Apesar da estiagem, as plantas não apresentaram quaisquer sintomas de murchamento. Cavando-se o solo, junto à planta nova, para o exame das raízes, contatou-se bom volume de raízes, saídas lateralmente e em profundidade.

Deste modo, conclui-se que mudas plantadas com sacolas de TNT apresentam bom pegamento logicamente, como as tradicionais, se contarem com chuvas no pós-plantio, suportando em seguida períodos de estresse hídrico. Dois cuidados são importantes &ndash, Usar indução hormonal com Triadimenol, para formar raízes finas e “endurecer ” as mudas e efetuar o plantio mais fundo, assim facilitando o suprimento de água para as mudas recém-plantadas.






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