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Há pouco mais de uma década, o cineasta Ricardo Sá encontrou-se pela primeira vez com Antônio Rodrigues, mais conhecido como Caboclo Sapezeiro. Com sua voz marcante, falando com conhecimento de causa sobre a realidade em que vive, esbanjando consciência política e talento artístico, Antônio despertou no cineasta um sentimento de admiração que o levou a transformá-lo em personagem de seu novo documentário, “O Caboclo do Sapê”.
Finalizado com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), por meio do Edital 026/2021 – Finalização de Obras Audiovisuais, da Secretaria da Cultura (Secult), o documentário de 17 minutos será lançado neste sábado (09), às 19h, no Aquilombar, espaço cultural e gastronômico de Itaúnas, em Conceição da Barra.
O curta-metragem apresenta ao público Antônio Rodrigues: agricultor, músico, teatrólogo e quilombola, ele desenvolve um sistema agroflorestal em um dos territórios de retomada quilombola, na região conhecida como Sapê do Norte, localizada nos municípios de São Mateus e Conceição da Barra. Além de praticar agroecologia, ele se dedica à arte – expressando-se por meio do rap, do repente e do teatro de bonecos.
Durante o filme, Caboclo Sapezeiro canta várias das canções que compôs, inspirado em sua relação com a natureza. “Como muitos personagens ilustres do nosso tempo, ele vive de forma escondida. Por isso fiz o filme, para que ele possa brilhar. Esta é a verdade: o que ele merece é brilhar”, ressalta Ricardo Sá.
Para o diretor, o documentário tem como principal missão revelar ao mundo o talento de Caboclo Sapezeiro, um personagem fascinante. Ao mesmo tempo, o filme busca apresentar para o público urbano um pouco da vida nas retomadas quilombolas do Sapê do Norte, dos sonhos recuperados em um território ancestral.
“Eu o conheci durante a produção do documentário ‘A Retomada do Linharinho’, que mostra o processo da retomada do território quilombola Linharinho, ocorrida em 2007, creio. Ele foi uma das lideranças desse movimento. Gravei uma entrevista com ele e um canto, que se destacou rapidamente no filme”, conta o diretor.
Da experiência de realizar o filme, Ricardo Sá afirma que o aspecto mais marcante foi poder contemplar e documentar a capacidade de Antônio Rodrigues e de todas as pessoas ligadas à retomada de se manterem firmes no propósito de recuperar a natureza, dizimada pelo plantio de eucalipto.
Assista ao trailer:




