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Avicultura e Suinocultura

Norma estabelece as boas práticas de manejo na produção comercial de suínos

"O objetivo é orientar os produtores quanto às melhores alternativas para promover uma suinocultura cada vez mais sustentável e competitiva"

por Coordenação geral de Comunicação Social Mapa

em 18/12/2020 às 16h37

3 min de leitura

Norma estabelece as boas práticas de manejo na produção comercial de suínos

Norma estabelece as boas práticas de manejo na produção comercial de suínos  — Português (Brasil)

A regulamentação das boas práticas de manejo em granjas de suínos de criação comercial, visando o bem-estar dos animais, foi publicada nesta
sexta-feira (18) no Diário Oficial da União. A
Instrução Normativa nº 113
busca estabelecer os parâmetros que sirvam de guia para a cadeia produtiva e
agentes fiscalizadores.

O Brasil é o 4º maior produtor e exportador de carne suína, produzindo 3,963 milhões de toneladas e exportando 750 mil toneladas, sendo um dos principais
players
globais, atrás apenas dos Estados Unidos, União Europeia e Canadá em termos de exportação. De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), atualmente existem 1,1 mil empresas que gerem a atividade da suinocultura no país, abrigando mais de 30 mil produtores rurais.

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“O bem-estar é parte essencial para sustentabilidade da atividade produtiva e influencia diretamente a saúde dos animais. Também contribui para combater a ameaça da resistência aos antimicrobianos, uma vez que a implantação das boas práticas de criação produzem animais mais robustos e imunologicamente fortes ”, destaca o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.

A norma aborda os principais pontos que permitirão
melhorar o grau de bem-estar dos animais, gerando melhores respostas imunológicas e uso racional de medicamentos. O objetivo é orientar os produtores quanto às melhores alternativas para promover uma suinocultura cada vez mais sustentável e competitiva, proporcionando uma melhora gradual e contínua da atividade.
Outro foco importante é a agregação de valor aos produtos pecuários por meio da adoção das boas práticas ora normatizada.

Entre as evoluções da cadeia produtiva, propõe-se trabalhar formas de alojamento mais sustentáveis que reduzam o estresse oriundo da superlotação e da falta de atividade inerente ao comportamento da espécie, bem como
o estabelecimento de um manejo sanitariamente mais seguro.

Como a
normativa também prevê investimentos na reestruturação de granjas,
cujas
despesas serão arcadas pelos produtores rurais,
o prazo concedido para estas adequações foi de 25 anos. Assim
respeita-se o tempo de depreciação das granjas e amortização de eventuais compromissos financeiros já constituídos.

As orientações estão alinhadas com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) para a produção de suínos, dando respaldo para exportações e negociações internacionais, além de niveladas com as demandas nacionais em relação ao tema.

A elaboração da norma contou com a colaboração de entidades
na área de pesquisa, associações representativas do setor produtivo de suínos, técnicos, agroindústrias, organizações não governamentais de proteção animal e especialistas dedicados às atividades inerentes à gestão e
manejo de animais, com larga experiência,
na
aplicação de
boas práticas respeitando os quesitos relacionados ao
bem-estar animal.

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