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Avicultura e Suinocultura

Orientações sobre fatores de proteção diante do calor excessivo

por Assessoria de Comunicação do Incaper

em 05/01/2024 às 12h51

4 min de leitura

Orientações sobre fatores de proteção diante do calor excessivo

Foto: reprodução

No verão, a criação de aves demanda maior atenção dos produtores, pois o calor excessivo prejudica o bem-estar animal, acarretando diversos problemas. Por esse motivo, técnicos do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) têm orientado os produtores de aves em relação à proteção a esses animais em dias quentes, evitando possíveis fatores de risco.

“As aves mantêm seu equilíbrio com a temperatura ambiente. Quando a zona de termoneutralidade desses animais é ultrapassada, aliada à alta umidade do ar e à falta de vento, pode ocorrer o estresse térmico porque elas precisarão compensar essas variações acima ou abaixo da zona de conforto térmico, que acontece de forma diferente para cada idade”, explicou a extensionista do escritório local do Incaper em Santa Teresa e referência na área de Avicultura, Maíra Formentini.

Segundo ela, a temperatura ideal varia entre 18° e 24°C, e a média é que o estresse por calor se inicie por volta de 26,7°C e se potencialize acima de 29,4°C. “Esses animais não têm glândulas sudoríparas e, além disso, estão cobertos por penas, o que dificulta a dissipação de calor, levando a uma maior ofegação”, complementou a extensionista.

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Excesso de calor: malefícios e métodos de controle

O estresse por calor, ainda de acordo com Maira Formentini, afeta o desempenho das aves: diminui a ingestão alimentar, o ganho de peso, a eficiência alimentar, a qualidade da casca do ovo, a imunidade e aumenta os riscos de morte. No entanto, de acordo com a extensionista, existem métodos de controle de horário de alimentação que podem ajudar, aplicando jejum temporário.

“Comer nas horas mais quentes do dia pode elevar a mortalidade, pois digerir o alimento nestas horas gera calor nas aves, agravando mais a situação. Também pode-se utilizar a suplementação com multivitamínicos e eletrólitos. Renovar a água dos bebedouros para que as aves tenham sempre água fresca é uma excelente estratégia, incluindo até mesmo o uso de gelo nos reservatórios”, lembrou Maíra.

Ela faz mais alguns alertas aos produtores rurais sobre a temperatura da água, a quantidade de animais e as ferramentas para a diminuição do calor em períodos mais críticos:

“Água parada aquece muito e o ideal é que sejam mantidas a uma temperatura em torno de 22ºC. O produtor precisa estar muito atento também à densidade de aves no galpão ou gaiola, ou seja, a quantidade de aves em cada metro quadrado. Aves em densidade errada, além de não terem espaço suficiente para as trocas de calor, se estressam facilmente, o que agrava a situação. O sombreamento por árvores ou telas, além de ventiladores internos com aspersores, são itens que auxiliam na criação durante os períodos mais cruciais”, salientou Maira Formentini.

A extensionista acrescentou que parte das orientações também são fruto de cinco anos de experiências vivenciadas enquanto coordenadora da Unidade Experimental de Produção Animal Agroecológica (UEPA) do Incaper, localizada na Fazenda Experimental da Instituição em Linhares, que se tornou referência na disponibilização de tecnologias para agricultores familiares e comunidades tradicionais.

O município de Santa Teresa, onde a extensionista atua, conta com uma grande granja com cerca de 70 mil aves criadas de forma convencional. Também existem no município granjas com entre 300 e 500 aves criadas em galpão, o “Cage Free”, e vários pequenos criadores em sistema caipira.

“Em Santa Teresa, por apresentar uma altitude média de 700 metros, temos um clima mais fresco e, portanto, se torna menos necessário o manejo de controle da temperatura”, disse Maíra Formentini. Ela reforçou que todas as dicas servem também para quem tem aves de estimação em casa, como calopsitas, periquitos, entre outros.

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