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O Espírito Santo vem enfrentando chuvas intensas nas últimas semanas. No interior do Estado, produtores de hortaliças e legumes já relatam que terão parte de sua produção comprometida devido ao volume de precipitações. No caso do café, arábica e conilon, a preocupação é com o pós-chuva. Especialistas alertam que os produtores precisarão ficar atentos a uma doença chamada ferrugem. Ela pode fazer com que a produtividade do cafezal reduza em até 50%.
A ferrugem pode ser identificada pelo aparecimento de manchas, com coloração entre o amarelo escuro e o marrom, na superfície das folhas. O coordenador de geoprocessamento da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), Éder Ribeiro dos Santos, aponta que é mais comum esta doença aparecer durante os meses de novembro e dezembro devido à condição climática do verão. “Por se tratar de um fungo, ela costuma se manifestar quando há muita umidade e calor ”, aponta.
O engenheiro agrônomo especialista em qualidade de cafés do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Fabiano Tristão, explica que as variações climáticas que vêm acontecendo – chuvas acima da média, temperatura acima da média e períodos de seca prolongado quando deveria ser chuvoso – requerem do produtor um cuidado muito maior com as práticas agrícolas.
“Se tem um excesso de chuva, existe uma condição favorável para ferrugem que é uma doença causada por um fungo. Já se houver falta de chuva é mais provável o desenvolvimento de pragas, como o bicho mineiro e a broca do café. O produtor tem que estar bem atento a estas questões ”, comenta.
Para evitar que as pragas e fungos prejudiquem a produção, na hora da implantação das lavouras, o produtor precisa usar as boas práticas agrícolas: implantar uma boa muda resistente a essas doenças, fazer uma boa cova, adubar com base na análise de solo e manter o solo coberto e protegido por matéria orgânica.
CAFÉ CONILON
De acordo com o extensionista e degustador de cafés do Incaper, Tássio Souza, no caso do conilon, além da ferrugem, a alta temperatura e o veraneio favorecem o desenvolvimento do ácaro vermelho.
“Isso causa uma diminuição da produtividade em geral. O maior impacto seja por altas temperaturas, onde a planta passa a maior parte do dia se defendendo, ou pelo aumento das doenças, vai ser a baixa produtividade que é onde o produtor sente mais. Quando a gente fala nessas variações, excesso ou escassez hídrica, é porque ela vai impactar em produtividade. Então, todo este contexto de preparar a lavoura, manejar e tornar ela resistente é uma forma de fazer com que ela tenha uma tolerância maior às mudanças de clima e às pragas ”, explica.




