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Agricultura familiar

Comissão da Ceasa conhece práticas sustentáveis em Santa Leopoldina

por Assessoria de Comunicação da Ceasa/ES

em 24/08/2023 às 9h06

4 min de leitura

Comissão da Ceasa conhece práticas sustentáveis em Santa Leopoldina

O intuito desse trabalho é acompanhar de perto as etapas utilizadas nos processos de produção provenientes da agricultura familiar e orientar os produtores rurais. (*Fotos: Divulgação Ceasa/ES)

A comissão de Rastreabilidade das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa-ES) realizou, nessa terça-feira (22), uma visita técnica à propriedade rural “Cachoeira das Pedras”, localizada na comunidade de Ribeirão dos Pardos, no município de Santa Leopoldina. O intuito desse trabalho é acompanhar de perto as etapas utilizadas nos processos de produção provenientes da agricultura familiar para orientar e dar suporte aos produtores rurais acerca do plantio dos alimentos, que devem seguir as normas da Portaria de Rastreabilidade.

O produtor rural Joelson Jadir Lahas Pilger, membro da família proprietária do terreno, conduziu a equipe da comissão às plantações e apresentou parte do maquinário e das técnicas utilizadas no tratamento e na preparação dos produtos. O local tem 26 hectares de extensão, sendo 20 hectares destinados ao plantio de banana, café, cacau, milho, verduras, laranja, mexerica ponkan, laranja Bahia, entre outros alimentos. O proprietário disse que o café é o produto mais produzido na terra dele, sendo direcionado diretamente à comercialização nas Centrais.

O assistente de Rastreabilidade da Ceasa-ES, Marcos Magalhães, que também é presidente da comissão, explicou como funciona o trabalho dessa entidade. “As visitas técnicas são realizadas in loco para verificar os tipos de produtos cultivados nas propriedades. Além da verificação, fazemos uma consulta ao produtor acerca da origem das sementes plantadas, o tipo de irrigação, os produtos defensivos utilizados, o período do plantio, quanto tempo leva a colheita e quando esta deve ser realizada”, disse.

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A equipe também é responsável por levar essas informações acerca de onde são comercializados os produtos e orientar os produtos sobre a necessidade de utilizar a etiqueta da Rastreabilidade no ato da comercialização, em QR Code ou computadorizada, para a identificação das mercadorias. “Após essas informações, fazemos uma palestra de como se deve colocar em prática as normas da Rastreabilidade, que é uma exigência do Governo Federal, por meio da Anvisa, de acordo com o decreto de 2017, proveniente da parceria Seag/Sesa, que determina essa exigência em todas as Ceasas em nível nacional”, salientou Magalhães.

Agricultura familiar
Segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), 77% dos estabelecimentos agrícolas do Brasil foram classificados como agricultura familiar. Essa informação reforça a representatividade e a potência do setor no Brasil. “A agricultura familiar está presente em todos os biomas do País e se caracteriza por uma grande diversidade de organização e resiliência em cada um dos cinco biomas brasileiros, garantindo a segurança alimentar e nutricional da população”, afirma a Embrapa em matéria publicada no portal.

História
Nascido e criado na roça, Joelson Jadir Lahas Pilger segue os passos do pai e do avô na dedicação ao trabalho no campo há cerca de 20 anos. O produtor faz parte da agricultura familiar, um setor voltado às atividades agropecuárias hortifrutigranjeiras. Pilger conta que o pai dele frequenta o mercado das Centrais há mais de 30 anos para a comercialização das mercadorias.

Ele explica como as atividades rurais são exercidas no âmbito familiar: “Durante a semana, por exemplo, na segunda, a gente começa já arrancando as mercadorias para poder processar. Por exemplo, a banana a gente já corta na segunda para poder levar para a câmara fria e depois levar para a Ceasa na terça ou na quarta”, disse Pilger.

O produtor rural conta que o trabalho tem início a partir das 6 horas da manhã, podendo durar até as 18 horas ou as 22 horas. Afirma também estar dando continuidade ao trabalho do pai e do avô e fala sobre o desejo que ele tem em passar essa vivência para as gerações seguintes.

“Quero tentar segurar o meu (filho) um pouco na roça também para pelo menos ele poder saber de onde saem os alimentos. Além disso, a maior dificuldade nossa hoje se chama mão de obra”, completou Pilger. Ele frisou ainda que é comum o trabalho de diaristas no campo, que são pessoas que prestam serviços em várias propriedades rurais, sem que seja feita uma contratação.

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