As potencialidades do abacate capixaba

O azeite de abacate ganha destaque no Espírito Santo e pesquisas prometem mais informações sobre o fruto

FOTO ENGIN AKYURT/PIXABAY

A produção de abacate cresce ano após ano no Espírito Santo. Para dar uma ideia, em 2014 a produção foi de 3.474 toneladas e, em 2021, mais do que triplicou, passando para 11,6 mil toneladas. A área colhida acompanhou essa tendência, passando de 300 para 918 hectares nos anos já citados. O rendimento médio se mantém em torno dos 12 mil quilos por hectare.

Os municípios mais representativos na produção são Venda Nova do Imigrante, que responde por 42,42% do que sai dos pomares capixabas, seguido de Vargem Alta (11,15%), Marechal Floriano (10,72%), Domingos Martins (6,43%) e Santa Maria de Jetibá (5,26%). 

Além da fruta in natura, o abacate chama a atenção pelo uso na culinária. Um deles, que já ganhou destaque nacional, foi o início da produção de azeite do fruto por uma família de Venda Nova do Imigrante (veja matéria especial). Mas ainda há muito o que estudar sobre o potencial da planta. 

Sávio Berilli é professor do Ifes campus de Alegre e gestor do Fortac, uma frente de pesquisa e extensão, que conta com 18 pesquisadores, que busca soluções práticas para problemas que atormentam agricultores de uma ampla variedade de plantas no Espírito Santo. O abacate é uma das culturas onde foi feito o diagnóstico e, agora, busca-se novas formas de trabalho.

“O nosso foco é o estudo do óleo de abacate. Hoje, já temos uma fábrica de azeite na Região Serrana. No entanto, até então não há pesquisas que mostram o quanto cada variedade de abacate produz de azeite. Temos, atualmente, umas dez variedades plantadas no Espírito Santo e cada tipo produz um azeite diferente. Além disso, temos a casca do fruto e a semente. Eles poderiam também ser aproveitados para fazer óleo? São essas as questões que planejamos responder”, ressalta Berilli.

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Sobre o autor Fernanda Zandonadi Desde 2001, Fernanda Zandonadi atua como jornalista, destacando-se pelo alto profissionalismo e pela excelência na escrita de suas reportagens especiais. Tem um conhecimento aprofundado em agronegócio, cooperativismo e economia, com a habilidade de traduzir temas complexos em textos de grande impacto e relevância. Seu rigor e qualidade na apuração e narração de histórias do setor garantiram que seu trabalho fosse constantemente reconhecido pela crítica especializada, o que a levou a conquistar múltiplas distinções e reconhecimentos em premiações regionais e nacionais de jornalismo. Ver mais conteúdos