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Pecuária

Agricultura debate fundo de proteção à pecuária

por Assessoria de imprensa Ales

em 11/05/2022 às 9h46

3 min de leitura

Agricultura debate fundo de proteção à pecuária

Foto: Ana Salles

O Fundo Emergencial de Promoção da Saúde Animal do Estado do Espírito Santo (Fepsa-ES), formado por instituições do setor, foi pauta na reunião desta terça-feira (10), da Comissão de Agricultura. A organização privada de pecuaristas apresentou uma proposta de alterações no modelo de cobrança de recursos para o fundo.

O fundo recebe contribuições de produtores e frigoríficos. Esses recursos funcionam como um seguro para viabilizar financeiramente a indenização dos criadores, caso ocorra algum episódio de febre aftosa em seus rebanhos.

A principal mudança seria no valor da cobrança da taxa de controle de zoonoses da pecuária bovina e suína, conforme explicou o presidente do Fepsa, Neuzedino Alves de Assis. A contribuição, que é facultativa, passaria dos atuais R$ 0,20 para R$ 0,72 por cabeça de gado.

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Além disso, o recolhimento passará a ser feito na emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) e não por Documento Único de Arrecadação (DUA). A cobrança é paga ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), que transfere a parcela de contribuição ao Fepsa. O fundo foi criado, no estado, em 1998 por exigência da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE, em inglês) e transformado em lei no ano de 2000.

De acordo com Neuzedino, a existência do fundo foi um critério para que o Espírito Santo recebesse do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) certificado como zona livre de febre aftosa sem exigência de vacinação a partir de novembro de 2022. Além do Espírito Santo, outros cinco estados e o Distrito Federal estarão livres da vacinação contra febre aftosa a partir de novembro por atenderem aos critérios de segurança do Mapa.

Exportação

O status de livre de febre aftosa sem vacinação vai ser uma abertura de novos mercados que remuneram melhor, como Canadá, Estados Unidos, Japão e Coréia do Sul. A expectativa é que aumente 35% a receita de exportação da cadeia produtiva do Espírito Santo. Além disso, o produtor não vai ter que manejar mais o gado para o curral para vacinar, o que gera riscos de perda de animais”, explicou Neuzedino.

Para que as mudanças possam ser implementadas, a proposta precisa ser enviada pelo Poder Executivo para análise e aprovação na Assembleia Legislativa.

A presidente da Comissão de Agricultura, deputada Janete de Sá (PSB), reforçou a importância do fortalecimento do Fundo Emergencial de Promoção da Saúde Animal para os produtores capixabas. “Este fundo, além de ser uma das premissas para o estado livre de febre aftosa, ele precisa ser sustentável e ser fortalecido para que consiga ter amplitude e faça o controle e suporte dessa cadeia produtiva tão importante para o PIB capixaba“, concluiu.

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