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Jovens agricultores participam de curso de formação de lideranças

por Assessoria de Imprensa

em 07/07/2022 às 8h43

4 min de leitura

Jovens agricultores participam de curso de formação de lideranças

Foto: divulgação

Um dos pilares da Coordenadora Latino-americana e do Caribe de Pequenos Produtores e Trabalhadores de Comércio Justo (Clac) é o fortalecimento e o desenvolvimento das Organizações de Pequenos (as) Produtores (as) integrantes da Clac. Assim, preocupada com a baixa participação dos jovens no campo e nas organizações certificadas, com o apoio da União Europeia, a Clac desenvolveu uma proposta de metodologia e conteúdo para a formação de jovens lideranças pelo Comércio Justo.

A ênfase do curso é na necessidade de fortalecer as lideranças das Organizações de Pequenos Produtores Fairtrade, como forma de consolidar os laços intergeracionais e inter-regionais nas diferentes Organizações.

Assim, em 2022 a Clac  em parceria com a Coordenadora Nacional de Comércio Justo do Brasil, (BRFAIR), está realizando a quarta edição do curso de Formação de Jovens Lideranças no Brasil. Desta vez, 12 jovens iniciaram o curso de formação, que contará com seis módulos ministrados até o mês de julho.

O curso conta com a contribuição docente da diretora da Região Cone Sul CLAC, Catalina Jaramilo, das gestoras Clac Brasil, Paola Silva Figueiredo, Cíntia Matos e Giseli Sampaio, do secretário executivo da BRFAIR, Bruno Aguiar, e dos professores Layon Carlos César, representando a Universidade Federal de Viçosa (UFV), e Paulo Henrique Leme e Elisa Reis Guimarães, representando a Universidade Federal de Lavras (Ufla). Ambas as universidades, de Minas Gerais, fazem parte do projeto Universidades pelo Comércio Justo.

 

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Jovens no Campo

Para o professor Dr. Layon Carlos Cezar, do Departamento de Administração e Contabilidade da UFV, o curso aumenta as possibilidades de trabalho dos jovens, seja nas propriedades ou nas organizações, e contribui para a manutenção na nova geração no campo. “Essa iniciativa traz qualificação e desperta a sensação de pertencimento deles a essas organizações, e faz com que esses jovens passam a se enxergarem no meio rural e que eles comecem a ocupar os espaços destinados aos associados e cooperados”, destacou.

Um exemplo é o cafeicultor Fabiano Diniz, 26 anos, de Manhuaçu, Minas Gerais, que está empolgado com o curso de formação. Cooperado à Cooperativa Regional Indústria e Comércio de Produtos Agrícolas do Povo que Luta (Coorpol), atualmente ele está cursando técnico em cafeicultura no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IF Sudeste-MG).

Esse curso de formação da Clac está sendo muito bom. Estamos fazendo trocas de experiências com jovens de outras regiões e conhecendo outras realidades. Assim podemos criar soluções a partir de vivências de outras pessoas. Isso tem agregado muito, além do conhecimento trazido pelos professores e palestrantes”, enfatizou.

Filha de família produtora de laranja de Taiaçu, São Paulo, Laura Cuoghi, 22, é outra jovem empolgada com o curso. Atualmente ela também cursa Agronomia. “Eu conheci o curso por meio da Coperflam (Cooperativa de Produtores Rurais de Agricultura Familiar) e busco conhecimento para empregar na nossa propriedade. Os conteúdos abordados são muito importantes”, afirmou.

 

Lideranças

O professor Paulo Henrique Leme, que é coordenador do Centro de Estudos em Mercado e Tecnologias no Agronegócio – Agritech Ufla e coordenador do Projeto Ufla pelo Comércio Justo, falou da sua satisfação em ministrar o curso. “O mais importante é capacitar esses jovens para que eles possam se tornar novas lideranças e líderes inspiradores para os outros jovens. Temos que identificar e capacitar esses jovens, pois isso é fundamental para o futuro da agricultura. Os jovens estão muito empolgados”, contou o professor.

De acordo com o Secretário Executivo da BRFAIR, Bruno Aguiar, a formação de lideranças é voltada principalmente para pessoas jovens que se encontram envolvidos(as) no Comércio Justo. “Este processo de formação procura estabelecer ‘pontes’ entre as diferentes gerações e permitir, a curto, médio e longo prazo, ter organizações de Comércio Justo consolidadas, que contribuam para a sucessão familiar, e para a manutenção de meios de vida sustentáveis entre as famílias produtoras”, informou.

Dentre os temas debatidos durante o curso, destacam-se: conceitos de Comércio Justo e desenvolvimento sustentável; direitos humanos; princípios e organização do cooperativismo; liderança e trabalho colaborativo; inclusão social e minorias; inclusão de gênero; liderança e desenvolvimento.

 

 

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