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Cientistas desenvolvem plástico sustentável produzido com restos do abate animal

por Redação Conexão Safra

em 29/01/2016 às 0h00

2 min de leitura

Cientistas desenvolvem plástico sustentável produzido com restos do abate animal

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Com o objetivo de diminuir os danos ambientais causados pelo descarte de embalagens plásticas na natureza, um grupo de cientistas brasileiros usou os restos do abate de bovinos e suínos para desenvolver filmes e recobrimentos biodegradáveis para alimentos. A novidade é resultado de uma série de estudos feitos pelo Centro de Pesquisa em Alimentos da Universidade de São Paulo. O material, originado da cartilagem, dos ossos e da pele dos animais, desaparece seis semanas após o descarte na natureza e pode ser ingeridos pelos seres humanos.

Para criar os plásticos sustentáveis, os cientistas usaram uma gelatina produzida a partir do tratamento de parte desses tecidos extraídos dos animais. De acordo com Paulo José Sobral, professor da USP e coordenador do projeto, o trabalho com as proteínas apresenta uma série de atrativos. “É uma proteína originada de matéria-prima abundante e de custo reduzido ”, diz. O maior apelo, segundo ele, é que, como proteína de origem animal, se caracteriza como naturalmente biodegradável, sendo consumido por fungos e outros microorganismos do solo pouco tempo após o descarte.


Apesar de ser “comestível ”, a ingestão do material precisa ser avaliada pelo consumidor, e não é uma obrigatoriedade. Os cientistas desaconselham o hábito se as condições de armazenamento do alimento com o plástico estiverem sujeitas a contaminação. Nesse caso, recomenda-se retirar o filme protetor antes da alimentação.

A inovação, contudo, ainda precisa de mais pesquisa antes de ser lançado ao mercado. A aplicação deste biopolímero está restrita a áreas mais secas, pois o material se deteriora muito facilmente em contato com altas umidades. Além da busca por aperfeiçoar os filmes e recobrimentos de gelatina, Sobral e sua equipe também estão trabalhando com o desenvolvimento de plásticos produzidos com amido de milho e fécula de mandioca.

Fonte: Revista Globo Rural

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