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Capixaba produz o segundo melhor tomate do Brasil

por Redação Conexão Safra

em 09/11/2015 às 0h00

3 min de leitura

Capixaba produz o segundo melhor tomate do Brasil

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Produtor de Afonso Cláudio, na região serrana, disputou concurso nacional de qualidade

*Leandro Fidelis

Tomates produzidos em Afonso Cláudio, na região serrana do Estado, são uma ótima opção para o molho ou a salada que vai para a mesa do brasileiro. É o que atestou um concurso nacional de qualidade, que contou com a participação de produtores de vários estados. Antônio Geraldo Gobbi cravou o segundo lugar na disputa.

A primeira edição do “Melhor Tomate de Mesa do Brasil ” foi realizada durante o 6º Seminário Nacional de Tomate de Mesa em Piracicaba (SP). Gobbi, que é cooperado da Cooperativa Agropecuária Centro-Serrana- Coopeavi classificou o seu produto em duas categorias: Italiano e Redondo.

O produtor se destacou por ser o único candidato a cultivar tomate em área aberta. “Fazer o controle na área aberta é muito mais difícil, por isso que o prêmio dele é tão importante ”, complementa Bruno Silva Andrade, agrônomo da Coopeavi.
O concurso contou com a participação de 36 produtores do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, inscritos em três categorias: Uva, Italiano e Redondo. Ao todo, a comissão organizadora recebeu 330 quilos de tomate, que tiveram aspecto e sabor avaliados por 11 voluntários.

O agricultor planta aproximadamente 2 milhões de pés de tomate e colhe cerca de 700 mil caixas (20 kg cada) por ano em Alto Guandu, zona rural de Afonso Cláudio. O entreposto de classificação dos tomates fica no município vizinho de Venda Nova do Imigrante, no distrito de Caxixe Frio. “O prêmio vem coroar dez anos trabalhando com melhorias contínuas ”, declarou Gobbi.

No início, o produtor contava com 1.000 pés de tomate e foi ampliando sua produção aos poucos. Atualmente, ele emprega 300 pessoas, o que mudou a realidade da localidade rural. “Ter carteira assinada e boas condições de trabalho na roça é coisa rara na região””, disse Gilson Vieira, 37 anos, que trabalha há cinco com Gobbi.

Por trás do produto de qualidade reconhecida, estão investimentos em estrutura física e de pessoal provocados pela mudança de postura do agricultor capixaba em relação ao negócio. Em parceria com a Coopeavi, os trabalhadores recebem qualificação periodicamente.

Outro fator positivo é a colheita ocorrendo o ano todo, graças ao gerenciamento profissional do plantio. “É uma sorte cultivar tomate em três diferentes climas em um raio de apenas onze quilômetros ”, diz Antônio Geraldo Gobbi. A produção atende os mercados capixaba, paulista, fluminense e gaúcho, sendo o de São Paulo o mais exigente na questão da qualidade. “Em contrapartida, é o que melhor paga. ”

A premiação nacional estimulou o agricultor de Afonso Cláudio a continuar avançando na qualidade do tomate. O próximo passo é garantir a rastreabilidade do produto. “É uma exigência do mercado em tempos de segurança alimentar ”, finaliza Gobbi.





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