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Floricultura

Aberta temporada das rosas do deserto

Originária da África do Sul e acostumada a viver sob altas temperaturas, a espécie se adaptou em países tropicais e já é uma queridinha entre os “pais de plantas”

por Leandro Fidelis

em 25/10/2022 às 7h00

3 min de leitura

Aberta temporada das rosas do deserto

Fabrício e a mulher, Karla, tocam juntos o negócio em Castelo, no Sul do ES (*Fotos: Leandro Fidelis- Imagens com direito autoral. Proibida reprodução sem autorização)Leia mais em: https://conexaosafra.com/meio-ambiente/o-berco-das-orquideas-brasileiras-fica-na-mata-atlantica-entre-es-e-rj/

Mostras como a 6ª Exposição Nacional de Orquídeas e a 2ª Feira Estadual de Turismo Rural (RuralturES), ambas realizadas em setembro, em Venda Nova do Imigrante, não deixam mentir. As rosas do deserto conquistaram os produtores rurais e apreciadores de flores, estes especialmente a partir da pandemia.

Originária da África do Sul e acostumada a viver sob altas temperaturas, a espécie se adaptou em países tropicais e já é uma queridinha entre os “pais de plantas”, disputando mercado com cactos e suculentas, por exemplo.

Com nove anos de experiência, o agricultor e produtor de rosas do deserto Fabrício Giori, de Castelo, afirma que o mercado ainda está em expansão.

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“A planta passou a ser mais cultivada no Brasil a partir de 2015. Nos últimos dois, três anos surgiram mais produtores, mas é uma demanda ainda a ser suprida. É um mercado que precisou desses novos produtores e, com certeza, são todos bem-vindos”, diz.

Segundo Giori, no primeiro momento da pandemia da Covid-19, o comércio das rosas do deserto sofreu uma queda. Porém, dois meses após o seu início, as vendas superaram as expectativas.

“O volume foi maior até que antes da crise sanitária, com vendas principalmente pela internet. Acredito que, por conta do isolamento social, as pessoas passaram a se dedicar mais a cuidar de plantas em casa”.

Plantações de café e criação de gado dividem espaço com a produção de rosas do deserto na propriedade do agricultor, na localidade de Fazenda da Prata, zona rural do município. A mulher de Fabrício, a advogada Karla Pagio, abandonou o escritório de advocacia onde trabalhava para tocar os negócios com o marido. Juntos, eles participam de alguns eventos de referência no Estado e atendem donos de floriculturas das regiões Sul e Norte capixabas, além de Campos dos Goytacazes (RJ) e cidades mineiras na divisa com o Espírito Santo.

Na Exposição Nacional de Orquídeas, o casal apresentou ao público 50 variedades de rosa do deserto, todas bem floridas, pois é durante a primavera que a espécie atinge o auge da floração. Giori disse acreditar que a espécie tenha pelo menos 400 variações de cor. “Quando comecei eram poucas cores disponíveis no mercado, mas entre 2016 e 2017 surgiram outras opções diferentes”.

A rosa do deserto é uma planta com reserva grande de água no caudex (caule). De acordo com Fabrício Giori, a exemplo do cacto, a rega pode ser feita de dois em dois dias. “É fácil de cuidar. O importante é fazer uma poda básica após as florações e usar adubo específico. A planta fica de três a quatro meses do ano florindo”, conclui.

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