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Às vésperas da aplicação da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, os setores do agronegócio — entre os mais afetados pela medida — buscam alternativas para mitigar os impactos. No caso da pimenta-do-reino, uma das estratégias adotadas por produtores e exportadores é a abertura de novos mercados.
“Esses mercados já existem, mas há incidência de tarifas. É o caso da China, que tributa o Brasil em 30%, e do México, com taxa de 10% sobre nossos produtos. Para dar um exemplo, o Vietnã, que exporta para os chineses, paga apenas 10% de tarifa. Nossa proposta é que o Governo Federal negocie com a China a isenção desse imposto para o Brasil. O mesmo vale para o México, que atualmente isenta a pimenta vietnamita. Se conseguirmos isso, será possível neutralizar os efeitos do tarifaço”, explica Frank Mouro, presidente da Associação Brasileira de Especiarias (BSA).
A proposta foi debatida durante reunião do Comitê de Enfrentamento das Consequências das Tarifas de Importação (Cetax), realizada na última segunda-feira (28), sob coordenação do vice-governador Ricardo Ferraço.
Impactos já sentidos
Mesmo antes da entrada em vigor da nova tarifa — prevista para o dia 1º de agosto — o setor já sente os reflexos, segundo Mouro. “Registramos uma queda de 12% nos preços. Esse foi o primeiro impacto. Agora também enfrentamos redução nas negociações, por conta da insegurança e instabilidade do mercado”, afirma.
Outro fator agravante é o alto investimento feito recentemente pelo setor. Em 2024, empresas brasileiras investiram R$ 6 milhões na aquisição de uma máquina esterilizadora de pimenta-do-reino, importada da Holanda. O equipamento foi comprado para atender às exigências sanitárias internacionais, especialmente no combate à salmonella.
Antes da implantação do novo processo, a pimenta capixaba precisava percorrer um longo caminho: era enviada ao Vietnã ou à Índia para esterilização, antes de chegar ao mercado norte-americano.
Como andam as negociações
Nesta quarta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou que o tarifaço entrará em vigor na próxima sexta-feira, 1º de agosto, sem possibilidade de prorrogação.
“O prazo de 1º de agosto é o prazo de 1º de agosto. Ele continua firme e não será prorrogado. Um grande dia para a América!”, escreveu Trump em sua própria rede social.





