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Economia

Comércio deve ter o melhor Dia das Crianças dos últimos cinco anos

por Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

em 05/10/2021 às 20h00

3 min de leitura

Comércio deve ter o melhor Dia das Crianças dos últimos cinco anos

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O avanço da vacinação contra a pandemia de Covid-19 promete um Dia das Crianças com o maior volume de vendas dos últimos cinco anos. Segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a terceira data comemorativa mais relevante do calendário do varejo brasileiro ‒ atrás apenas do Dia das Mães e do Natal ‒ deverá apresentar uma movimentação financeira de R$ 7,43 bilhões. Confirmada a expectativa, o valor seria o maior desde 2015, quando foram registrados R$ 7,52 bilhões em vendas.

Eletrônicos e brinquedos devem permanecer como destaque, correspondendo a 31% do volume projetado (R$ 2,31 bilhões), seguidos pelo ramo de vestuário e calçados (R$ 2,21 bilhões), cujo crescimento real em relação a igual período do ano passado deve ser o menor entre os ramos avaliados.

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Em 2020, com as restrições severas que buscavam conter o avanço do novo coronavírus, o setor apresentou um volume de vendas de R$ 6,52 bilhões, o menor desde 2009, quando o valor apurado foi de R$ 6,18 bilhões, e que representou um encolhimento de 11,3% no faturamento real em relação ao ano anterior.

Aumento da circulação de consumidores deve compensar inflação

Agora, em um cenário completamente diferente, a perspectiva da entidade é que o aumento de 34% na circulação de consumidores desde o fim da segunda onda da crise sanitária, em abril, compense os efeitos da inflação.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o sentimento de segurança gerado pelo aumento no número de vacinados no País foi fundamental para as expectativas positivas. “Nos momentos mais agudos da crise sanitária, o fluxo diário de consumidores chegou a cair 69% em relação ao nível considerado normal. Hoje, o varejo chega a uma data comemorativa tão importante do seu calendário, com a circulação de consumidores próxima à registrada antes da decretação da pandemia”, observa.

Contudo, apesar desse aumento, o economista da entidade responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, avalia que o varejo brasileiro poderá encontrar dificuldades com preços. “É muito difícil para o comerciante evitar repasses dos valores de bens e serviços ao consumidor final diante da inflação anualizada acima de 10%, segundo o IPCA-15.”

Para os itens típicos da data, a expectativa é de aumento de 7% na média dos preços, o que representaria a maior desde 2016, quando a expansão registrada foi de 8,8%. Dentre os produtos e serviços mais demandados nessa época do ano, tendem a se destacar os reajustes nos preços de bicicletas (+15,9%), doces (+12,3%) e lanches (+10,9%).

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