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Sabemos que as pastagens de clima tropical não suprem as demandas de energia e proteína de bovinos para alto desempenho, e principalmente na seca, a distância entre a necessidade da vaca e o que o pasto entrega aumenta.
Com a redução de incidência solar, queda de temperatura e redução das chuvas, a planta entra em processo de senescência, no qual o teor de lignina aumenta, piorando a qualidade da fibra, e os teores de proteína e energia caem.
Sabendo de tudo isso é preciso complementar a dieta com outra fonte de volumoso, em sua maior parte sendo forragem conservada em forma de silagem.
Reconhecidamente, a silagem de milho possui maior digestibilidade e concentração de nutrientes, e por isso é a mais indicada para alimentação de animais com elevado nível de exigência nutricional.
Temos também a silagem de sorgo, que se aproxima muito do valor nutritivo da silagem de milho (em torno de 90%), e por essa razão é muito utilizada.
Ainda temos a opção da cana-de-açúcar, usada para alimentação de rebanhos com produção mais discreta, em média 5.000 litros por lactação (305 dias).
Para alguns experimentos utilizando animais de médio potencial, tem-se recomendado a cana-de-açúcar para vacas com produção inferior a 20 kg/dia. Podemos verificar isso no trabalho de Mendonça et al. (2004), onde alimentaram vacas em lactação com dietas de ralação forragem:concentrado 60:40, sendo a silagem de milho ou cana-de-açúcar como forragem exclusiva. A produção de leite foi de 22 litros para vacas alimentadas com silagem de milho e 19,2l para vacas alimentadas com silagem de cana, mas em um dos tratamentos onde a relação de forragem:concentrado foi de 50:50, as vacas produziram 20,1 kg/dia com silagem de cana-de-açúcar.
A partir das informações apresentadas, sabemos que a silagem de milho é mais eficiente quanto à entrega nutricional quando comparada com a cana-de-açúcar. Poréem, entendemos que podemos corrigir a dieta com concentrado balanceado, aumentar a concentração do mesmo na dieta e promover uma produção maior. No entanto, quanto maior a produção animal, maior também será a exigência, e a dieta ficará muito dependente de concentrado, o que provavelmente será economicamente inviável.
Como opção mediana, que entrega menos nutriente do que a silagem de milho, e mais nutriente do que a silagem de cana-de-açúcar, podemos lançar mão das silagens de capim, destacando o cultivar BRS Capiaçu, desenvolvido pela Embrapa, que com certeza, pela alta concentração de matéria seca e possibilidade de três colheitas anuais, se destaca como a opção com custo de tonelada de matéria seca mais econômica.
A decisão sobre qual opção usar precisa ser analisada por um profissional qualificado para, com base em um conjunto de informações da fazenda e do rebanho, determinar o custo de cada dieta e como cada uma suporta a produção desejada. Com essas simulações, o produtor fica muito mais seguro para tomar a decisão.
Independente do volumoso que escolher, ter essa fonte de alimento pronta para ser usada no período de seca é o que vai manter seus animais saudáveis, produzindo e te garantindo renda.
Esteja preparado! Afinal, temos seca todos os anos.



