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Imagine uma fazenda com metade do rebanho que poderia ter, mas mesmo assim faltam pasto e cocheira para suplementação, a cerca é muito ruim e o proprietário, descapitalizado e por vezes endividado.
A situação é difícil, retrata a realidade de muitas fazendas pelo Brasil afora. Muitos pecuaristas saem da atividade por não vislumbrarem um futuro saudável para o negócio.
Existem duas opções muito comuns nessa situação, que são: tentar um empréstimo (aumentar endividamento) ou vender uma parte da terra e, assim, se capitalizar a fim de reinvestir na terra e iniciar a recuperação da fazenda.
Isso pode dar certo, desde que haja muito planejamento, considerando que o recurso será limitado. Porém, justamente devido à falta de planejamento, o recurso proveniente dessas ações é direcionado ao pagamento de dívidas antigas, o que inicialmente gera certo conforto, mas como não há investimento na terra, não haverá retorno do capital.
A partir daí entramos no ciclo vicioso de fazer uma dívida para cobrir outra, ou seguir vendendo partes da terra, sendo então o início do fim.
É daí que vem o sentimento de estar à espera de um milagre, pois os problemas parecem insolúveis e a degradação só aumenta. Mas, tudo tem solução, e por vezes não será necessário o desembolso imediato de grandes valores.
O nome desse milagre se chama “parceria ”.
De acordo com a topografia da fazenda, disponibilidade de água e culturas cultivadas na região, grãos ou hortifruti, pode-se negociar boas parcerias de arrendamento por um período mais curto, contemplando entrega da área com pasto, caso seja necessário refazer a área.
Caso haja possibilidade de recuperação apenas aumentando o tempo de descanso, o gado pode ser enviado para a fazenda de um parceiro, com o qual os ganhos obtidos no período de permanência do gado serão divididos.
O melhor disso tudo é que não necessariamente teremos que escolher entre um ou outro, pois é possível trabalhar com uma composição entre as duas situações, que avaliadas e estudadas por um técnico competente, te darão segurança para a recuperação da fazenda como patrimônio e do negócio.
*Renata Erleré zootecnista, gestora de agronegócio, e vice-presidente da Associação dos Zootecnistas do Espirito Santo (Azes).



