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Cafeicultura

Brasil e Colômbia consolidam aliança para garantir renda aos cafeicultores

Maiores produtores mundiais de arábica planejam ações conjuntas para reverter a crise de preços do café. Detalhes serão apresentados no 2º Fórum Mundial de Produtores de Café

por Conselho Nacional do Café

em 14/06/2019 às 23h31

3 min de leitura

Brasil e Colômbia consolidam aliança para garantir renda aos cafeicultores

Divulgação

Os representantes da produção cafeeira de Brasil e Colômbia selaram, hoje, 14 de junho, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília (DF), uma aliança para buscar soluções à persistente crise de preços do café.


Após 10 meses do último encontro entre as lideranças, em agosto de 2018, os preços continuam abaixo dos custos de produção, agravando o empobrecimento das regiões cafeeiras ao redor do mundo e tornando incerta a oferta futura de café aos consumidores. A resposta do restante da cadeia de valor nesse intervalo de tempo, apesar das múltiplas tentativas de diálogo por parte dos países produtores e do Fórum Mundial de Produtores de Café (FMPC), tem sido muito insatisfatória.


Na reunião de hoje, as lideranças de Colômbia e Brasil consolidaram a aliança para o desenvolvimento de ações em diversas frentes, tais como a aproximação dos produtores com os consumidores finais e a agregação de valor na origem, de maneira que a riqueza gerada ao longo de toda a cadeia seja melhor distribuída, garantindo a sustentabilidade econômica dos produtores e a consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.


Também insistirão na importância da transparência do mercado e que os contratos futuros do café reflitam as realidades, sem a interferência de fatores externos que afetam os preços e aumentam a insegurança. Os dois países consideram fundamental que a Intercontinental Exchange &ndash, ICE e o governo dos Estados Unidos regulem a participação dos atores “não comerciais ” nos contratos futuros do café, além de adotarem outras medidas para aumentar a transparência na formação dos preços e a eficácia das ferramentas de cobertura de riscos. Da mesma forma, analisa-se a viabilidade e o impacto da gestão dos estoques de café nas origens produtoras.


Reafirmando o compromisso com o equilíbrio entre oferta e demanda, Brasil e Colômbia, atuando com o FMPC, promoverão ativamente a implementação de um projeto global de aumento do consumo nos países produtores, assim como, conjuntamente, o trabalho científico, com o desenvolvimento de pesquisas para encontrar usos alternativos para o café.


Os detalhes das ações discutidas, hoje, serão apresentados no II Fórum Mundial de Produtores de Café, nos dias 10 e 11 de julho, em Campinas, São Paulo, Brasil.


Abaixo, entidades do setor privado signatárias deste comunicado.

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Conselho Nacional do Café &ndash, CNC
Federación Nacional de Cafeteros &ndash, FNC
Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha &ndash, Minasul
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil &ndash, CNA
Associação Brasileira de Cafés Especiais &ndash, BSCA
Sistema OCB-ES
Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais do Sul de Minas – ASSUL
Sociedade Rural Brasileira &ndash, SRB
Frente Parlamentar do Café

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