Mulheres do Cacau criam Central das Associações em busca de autonomia

Após ter acesso às capacitações técnicas para produção de amêndoas de cacau de qualidade, as mulheres do projeto “Mulheres do Cacau: tecnologia, autonomia e empoderamento feminino” dá mais um importante passo. Organizadas em associações, cada uma no seu município, elas criaram a Central das Associações das Mulheres do Cacau.

A assinatura da formação da Central aconteceu em Linhares na última sexta-feira (18).

A extensionista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e coordenadora do Projeto Mulheres do Cacau, Alessandra Maria da Silva, explicou  que as mulheres sentiram necessidade de se organizar em associação.

“Não apenas com intuito de facilitar a busca de recursos, mas porque elas entenderam ser importante se empoderar de forma conjunta, por isso esse momento é muito importante“.

Para facilitar o acesso às políticas públicas municipais, as produtoras criaram as associações por município e agora criaram a Central.

“Formaram a Central para que possam batalhar juntas recursos estadual, federal e até internacional, de forma que teremos representantes de cada associação para trabalhar projetos para conseguir recursos e desenvolvimento sustentável, para ter pé no chão e acesso a todas as políticas públicas que elas precisam de forma conjunta”.

Alessandra disse ainda que Linhares já criou a associação e elegeu diretoria. Com poucas mulheres no Projeto, Santa Teresa e São Roque resolveram criar uma associação conjunta já em fase de registro em cartório. Rio Bananal está em fase de aprovação de estatuto, e Colatina ainda não formou a associação.

Projeto Mulheres do Cacau

O projeto Mulheres do Cacau surgiu por meio do levantamento de demandas das mulheres. Participam do projeto mulheres de Linhares, Rio Bananal, Colatina, Santa Teresa e São Roque do Canaã. Aproximadamente 50 mulheres fazem parte do projeto nos cinco municípios. Para participar é preciso trabalhar com cacau em regime de agricultura familiar. As mulheres também recebem o acompanhamento de economistas domésticas que orientam na rotulagem dos produtos e acesso aos mercados especiais.