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Agricultura

Fertilizantes em estoque no Brasil são suficientes para três meses, informa associação

por Redação Conexão Safra

em 03/03/2022 às 18h49

4 min de leitura

Fertilizantes em estoque no Brasil são suficientes para três meses, informa associação

Foto: Departamento de Comunicação do Sistema Faep/Senar-PR

A Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) informou, na tarde desta quinta-feira (3), por meio de nota, que o Brasil tem estoque de fertilizantes para os próximos três meses, ou seja, até junho.  A declaração foi dada em meio às preocupações do agronegócio brasileiro por conta da guerra na Ucrânia. Por conta do conflito, a Rússia suspendeu as exportações do produto para o Brasil.

Na quarta-feira (2), a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse que o Brasil tem fertilizantes suficientes para o plantio até outubro e que o governo já trabalha desde o ano passado com alternativas para garantir o suprimento para o setor. 

Apesar de o prazo ser menor do que o informado pela ministra, a entidade comunicou que o volume atual encontra-se acima da média dos anos anteriores. “Registra-se que o país importa cerca de nove milhões de toneladas por ano de insumos para fertilizantes do Leste Europeu, ou seja, em torno de 25% de tudo o que compramos no exterior”.

Além disso, destacou a associação, apesar de as importações dos fertilizantes nitrogenados, em especial nitrato de amônio, serem da Rússia, há uma dependência menor do fosfatados, o que atenua os impactos de abastecimento para a safra atual.

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Confira a nota sobre os fertilizantes, na íntegra:

“A Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) lamenta o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e reforça que é prematuro avaliar em profundidade os possíveis impactos ao agronegócio brasileiro.

A entidade esclarece que o Brasil possui atualmente estoque de fertilizantes para os próximos três meses, de acordo com dados de agentes de mercado.

Destaca-se que o volume atual encontra-se acima da média dos anos anteriores. Registra-se que o País importa cerca de nove milhões de toneladas por ano de insumos para fertilizantes do Leste Europeu, ou seja, em torno de 25% de tudo o que compramos no exterior.

A Anda segue atenta ao fornecimento de cloreto de potássio, pois mais de dois milhões de toneladas já estavam comprometidas com as sanções anteriores à Bielorrússia. E a atenção justifica-se, dado que três milhões de toneladas de cloreto de potássio têm como origem a Rússia.

Outro ponto de atenção destacado pela Anda refere-se aos fertilizantes nitrogenados, em especial nitrato de amônio, porque importamos volume expressivo da Rússia. Com relação aos fosfatados, a dependência do Leste Europeu é menor, o que atenua os impactos de abastecimento para a safra atual.

Vale ressaltar que, embora já existam restrições bancárias que causam insegurança e dificuldades para o fluxo de pagamento, as transações estão sendo realizadas entre empresas privadas.

Navios

Outra questão acompanhada com cautela pela Anda é a logística marítima, por conta das restrições que inibem temporariamente o fluxo de navios à região do conflito, acarretando dificuldades para transportar os insumos, como registrado nas operações no Mar Negro. Nesse sentido, o mercado está buscando soluções para cenários como os que estamos enfrentando.

No caso específico da Bielorrússia, deve-se registrar que o setor já encontrava restrições, devido às sanções internacionais relativas ao posicionamento de seu governo, contestado pela maioria das ações. Dentre as sanções, a proibição do transporte de produtos bielorrussos, incluindo o potássio, pelo território da Lituânia impossibilita o acesso aos portos marítimos.

A Anda reafirma acreditar na diplomacia brasileira e segue seu compromisso em buscar atender à demanda nacional, como acontece até o momento, e continua promovendo diálogos sobre o cenário geopolítico com seus associados, setor agrícola, indústria, sociedade civil e o governo”.

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