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Agricultura familiar

Deu samba! Zeca Pagodinho apoia projeto de agricultura urbana em Xerém

por Assessoria de Comunicação do Governo

em 05/08/2024 às 13h30

5 min de leitura

Deu samba! Zeca Pagodinho apoia projeto de agricultura urbana em Xerém

Foto: divulgação/Raul Pereira/Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar

O projeto de Agricultura Urbana e Periurbana em Xerém, distrito de Duque de Caxias (RJ) promove inclusão social, reduz vulnerabilidades e desigualdades, além de proporcionar valiosas experiências de extensão universitária para alunos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), com potencial para ser replicado em outras instituições. Coordenado por Betty Nogueira Rocha, economista e doutora em ciências sociais da UFRRJ, o projeto é resultado de parcerias entre o Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), a UFRRJ, a Embrapa Agrobiologia, a Organização Cidades Sem Fome e o Instituto Zeca Pagodinho (@institutozecapagodinho). Recentemente, o Instituto cedeu um terreno de 8 mil metros ao projeto. Isso permitirá a implementação de um Sistema Agroflorestal Urbano visando a produzir plantas medicinais e árvores nativas da Mata Atlântica.

Betty destaca a importância do projeto para a Baixada Fluminense, uma das regiões com maior insegurança alimentar e vulnerabilidades sociais do país, salientando que a pandemia evidenciou a necessidade de acesso aos alimentos e a relevância da agricultura urbana e periurbana. A iniciativa capacita agricultores locais, estruturando suas atividades para que possam acessar benefícios da recém-sancionada Política Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana, incluindo crédito, máquinas e compras públicas. O local foi visitado no dia 30 de julho pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, junto com autoridades, parlamentares, acadêmicos e artistas, incluindo @zecapagodinho.

A coordenadora enfatizou que a iniciativa proporciona uma experiência única para a UFRRJ, envolvendo alunos em atividades de extensão universitária que vão além da pesquisa teórica. Muitos estudantes são moradores de Xerém e participam ativamente da vida comunitária, integrando suas vivências às práticas agroecológicas. Este esforço conjunto reforça a produção de alimentos saudáveis e a geração de renda, articulando espaços rurais e urbanos, reduzindo distâncias e fortalecendo circuitos curtos de comercialização.

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Índices altos

A Baixada Fluminense, explicou Betty Nogueira, tem um dos maiores números de insegurança alimentar do país, assim como vulnerabilidades sociais diversas, motivo pelo qual ela conta que a equipe toda vê a experiência com expectativa grande e positiva. “Esse trabalho consiste num esforço importante para a população como um todo. A pandemia deixou latente o impacto da falta de acesso aos alimentos em muitos locais e mostrou o quanto a agricultura urbana e periurbana é fundamental neste sentido”, destacou.

O trabalho tem consistido também, segundo ela, em uma experiência única para a universidade. “Por meio do programa estamos oferecendo para os nossos alunos não apenas pesquisa teórica, mas extensão universitária. Esse não é um projeto de pesquisa apenas, mas de extensão, uma vez que muitos dos nossos alunos são moradores de Xerém e fazem parte da vida da comunidade,” explicou.

O distrito de Xerém, localizado em Duque de Caxias, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro – considerada a segunda maior área metropolitana do país em termos populacionais, com 21 municípios – tem 65 mil habitantes e 28,5 mil domicílios.

Coexistência de realidades

“Apesar da intensa dinâmica urbana, um olhar mais atento para a Baixada Fluminense permite identificar as potencialidades e coexistências das ruralidades observadas em espaços onde o modo de vida se distancia da rigidez do que comumente é definido como rural e urbano, uma vez que a vida pulsante da cidade é entrecruzada com as paisagens dos quintais produtivos, feiras livres, bancas improvisadas nas esquinas com ervas medicinais, hortas, pessoas andando à cavalo e carroceiros em atividade pelas ruas”, destacou ela, em documento da equipe da UFRRJ.

“Essa dimensão de cidade associada às práticas do rural se configura como importante estratégia para produção de alimentos saudáveis e em quantidades suficientes para autoconsumo, trocas, doações ou comercialização”, acrescentou.

“Com isso, a estruturação e fortalecimento da Agricultura Urbana e Periurbana se apresenta como fundamental instrumento de política pública para produção de alimentos, geração de renda e trabalho, articulando os espaços das ruralidades e o urbano, reduzindo distâncias, fortalecendo circuitos curtos de comercialização com redução de custos de transporte”, enfatizou a coordenadora do trabalho.

Ampliação de acessos

Segundo Betty Nogueira, a iniciativa representa ampliação do acesso à alimentação e garantia da segurança alimentar e nutricional, especialmente para populações mais vulneráveis como mulheres e crianças.

“Se de um lado observamos um cenário demarcado pelas desigualdades sociais, por outro, identificamos um conjunto diverso de pessoas, majoritariamente mulheres, que constroem em seus territórios alternativas produtivas mais solidárias, mais justas, integrando suas vivências territoriais às práticas agroecológicas e constituindo redes de apoio e trocas que denotam as potencialidades da agricultura urbana em Xerém”, destacou o sumário executivo do programa, distribuído durante o evento.

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