Crescimento contínuo

Produção capixaba de mel cresce e fortalece a agricultura familiar

Produção de mel no Espírito Santo cresce 55% desde 2016 e reforça a agricultura familiar e a sustentabilidade ambiental capixaba

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Foto: br.freepik.com/

A produção de mel no Espírito Santo vem registrando crescimento contínuo e consolidando-se como uma importante atividade da agricultura familiar capixaba. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Estado produziu 846 mil quilos de mel em 2024, um aumento de 55% em relação a 2016, quando o volume era de 544 mil quilos.

O valor da produção também mais que dobrou no período, passando de R$ 6,2 milhões para R$ 12,3 milhões. Entre os municípios de maior destaque, Aracruz lidera o ranking estadual, respondendo por 10,6% da produção, seguido de Fundão (9,7%) e Marechal Floriano (9,5%).

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, o setor apícola está em expansão e tem recebido atenção especial dentro do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (PEDEAG 4).

“A apicultura capixaba tem grande potencial para gerar renda, diversificar a produção e fortalecer a agricultura familiar. O PEDEAG 4 estabelece objetivos claros, como ampliar a assistência técnica, fortalecer o cooperativismo e incentivar o uso de abelhas como bioinsumos agrícolas. Nosso desafio é chegar a 2032 com uma produção estadual de mil toneladas de mel, valorizando o produtor e ampliando o consumo entre os capixabas”, destacou Bergoli.

Além de gerar renda e inclusão produtiva, a apicultura e a meliponicultura – criação de abelhas com e sem ferrão – desempenham papel estratégico na sustentabilidade ambiental e na segurança alimentar. As abelhas são essenciais para a polinização de diversas culturas agrícolas, contribuindo para o aumento da produtividade das lavouras e o equilíbrio dos ecossistemas.

Meliponicultura: tradição e inovação no campo

A meliponicultura vem ganhando espaço nas propriedades familiares capixabas. As abelhas nativas sem ferrão – como jataí, uruçu e mandaçaia – produzem méis com características únicas, de alto valor agregado e reconhecidos por suas propriedades medicinais. Essa forma de criação, além de sustentável, representa uma alternativa de renda para pequenos produtores e uma ferramenta de conservação da biodiversidade local.

Com políticas de incentivo, inovação e sustentabilidade, o Espírito Santo se consolida como referência nacional na produção de mel e no fortalecimento da apicultura familiar, unindo produtividade, meio ambiente e valorização do trabalho no campo.

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