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Pacientes observadoras do caminhar da humanidade, as árvores ganharam protagonismo em histórias infantis, canções de amor e estão presentes em grandes sagas que contam histórias de todos tempos. E são capítulos importantes na vida de muita gente.
Quem nunca subiu num pé de goiaba para comer a fruta fresquinha, tirada na hora? Ou parou sob a sombra fresca de um pé de jambo ou de manga? Quem nunca parou um minuto para olhar a exuberância de um ipê e se surpreendeu com o contraste vibrante do amarelo das flores com o céu azul? Então, vale a pergunta: afinal, qual é a sua árvore?
Mais do que crônica, árvore é poesia. Como a história da Samanea saman, popularmente conhecida como árvore da chuva. O belo espécime enfeita e encanta quem passa pela Praça Portinari, no bairro Gilberto Machado, em Cachoeiro de Itapemirim.

Foi pelas mãos do médico Vicente Paulo de Miranda, que a árvore do pantanal mato-grossense encontrou solo fértil em Cachoeiro. Há 40 anos, o profissional da saúde decidiu plantar a muda no centro da pracinha, na esperança de ter uma bela sombra nos dias quentes de verão e um local para seus filhos e a criançada do bairro se divertir.
“Eu gosto muito de árvores e essa, de fato, é diferente. Há a história de que um raio a atingiu quando ela era mais nova, por isso ela ficou com essa formação de galhos. Além disso, antes das podas, os galhos eram mais baixos. Com o tempo, ela perdeu sua forma original, mas continua belíssima”, conta o médico.
As árvores são parte da nossa história
A esposa do médico, Euzira Coelho Miranda, ainda se lembra de quando os filhos, hoje adultos, brincavam ao redor da belíssima planta. “As crianças continuam brincando muito e aproveitando a sombra. O parquinho em volta valorizou a árvore. Lembro que meus filhos tinham uma casinha em cima da árvore, e brincavam muito nela”, conta a aposentada, citando a revoada de pássaros que aparece nos finais de tarde como seu som preferido. “É maravilhoso. É como se estivéssemos no campo, mesmo dentro da cidade”.
Se as memórias de Vicente e Euzira os levam a outros tempos, com as crianças pequenas correndo e se divertindo ao redor da árvore, ainda hoje a planta pantaneira faz sucesso entre os que com ela convivem. “Trabalho por aqui há dois anos e adoro ver as crianças brincando na sombra dela. Contam que um raio caiu em cima da árvore. Ao invés de morrer, ela continuou firme. Adoro árvores”, conta a balconista Débora Regina.

Rinaldo Herbert, pastor da 7ª Igreja Presbiteriana também é só elogios para a planta. “É uma árvore linda, frondosa, especial. O formato dela já chama a atenção. Tem uma história que fala que tinham uns galos que subiam na árvore e faziam dela um poleiro. Todo fim de tarde eles estavam lá. Tinha um maior e um menor. Não sei se os donos os levaram, eles não vieram mais. Mas a árvore continua aí, belíssima”.
Com informações de Mariana Cicilioti de Souza





