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Será que a alimentação das pessoas mudou por causa da pandemia? E a produção de alimentos, teve alguma alteração? As respostas a estas e outras perguntas foram apresentadas por Enio Bergoli, engenheiro-agrônomo do instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em uma transmissão ao vivo no Instagram do Instituto @incaper_es, na última quarta-feira (27).
Bergoli atua na área de socioeconomia do Incaper e sustentou suas análises tomando por base os dados da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Segundo o engenheiro-agrônomo, no início da pandemia do novo Coronavírus, as pessoas estavam preocupadas em estocar alimentos não perecíveis. Depois, o comportamento dos consumidores voltou à normalidade e o foco passou a ser a alimentação saudável.
“No início da pandemia, o medo de faltar alimento na mesa fez com que 46% da população aumentassem a quantidade de alimentos comprados. Hoje, o consumo voltou ao normal. Mas o que se observa é que o número de consumidores buscando alimentos naturais na internet cresceu em até 79% ”, explicou Bergoli.
Ainda segundo o engenheiro-agrônomo do Incaper, a preocupação com a saúde fortaleceu as cadeias curtas. “O consumidor quer saber de onde vêm os alimentos que ele está consumindo. Além disso, nota-se um aumento da preferência por alimentos mais naturais, mais saudáveis, que vão fortalecer o sistema imunológico, como frutas, legumes, verduras, grãos, raízes e proteínas, como carne e ovos. Em contrapartida, observa-se também uma queda no consumo de alimentos processados e ultraprocessados, que contêm muito sal, açúcar, aditivos químicos, corantes, conservantes, gorduras, entre outros ”, acrescentou Bergoli.
Oportunidade para o agricultor
Enio Bergoli observou que as compras de alimentos e bebidas tiveram um aumento de 79% nas plataformas digitais. “As compras on-line, que sempre foram mais desenvolvidas no mercado de moda, tecnologia e eletrônicos, tornaram-se uma opção também para o agricultor de base familiar, que comercializa a produção ”, disse o engenheiro-agrônomo do Incaper.
Segundo Bergoli, esses novos canais de comercialização vieram para ficar. “Por conta da própria pandemia, as pessoas preferiram utilizar novos meios para adquirir seus alimentos e isso é uma grande oportunidade para a agricultura. O nível de satisfação desses consumidores em relação aos alimentos comprados on-line é de 80% e 70% deles pretendem continuar comprando desta maneira na pós-pandemia ”, pontuou.
Para o engenheiro-agrônomo do Incaper, tanto os agricultores quanto os consumidores saem ganhando. “A economia local se movimenta, a cadeia produtiva fica mais curta e os custos de logística diminuem. Isto sem falar na aproximação: o contato on-line permite um atendimento mais atencioso, quase personalizado, gerando assim uma fidelização dos clientes para com os agricultores e vice-versa ”, destacou Bergoli.
Transmissão ao vivo
A entrevista com Enio Bergoli foi realizada, na última quarta-feira (27), em uma transmissão, ao vivo, no Instagram do Incaper @incaper_es. Na ocasião, o engenheiro-agrônomo do Incaper apresentou as informações, esclareceu perguntas dos internautas e abordou outros temas. Bergoli explicou os conceitos de agronegócio e agricultura familiar, falou sobre os trabalhos do Incaper relacionados às plantas alimentícias não-convencionais (Pancs), e abordou também aspectos mais globais do mercado, como a exportação de grãos, que deve ser recorde no Brasil.
A iniciativa de promover entrevistas com os servidores do Incaper é da Coordenação de Comunicação e Marketing (CCOM). Toda quarta-feira, sempre às 17 horas, um tema diferente é abordado em uma transmissão, ao vivo, no Instagram oficial do Instituto: @incaper_es.
Além da entrevista com Bergoli, outros temas foram abordados:
– Avicultura caipira: produção e curiosidades, com a zootecnista do Incaper Maíra Formentini,
– Cafeicultura: safra capixaba, com o pesquisador do Incaper e coordenador técnico de cafeicultura Abraão Carlos Verdin Filho,
– O Incaper em tempos de pandemia, com o diretor-presidente do Instituto, Antônio Carlos Machado.




