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Turismo

Pequenos negócios de turismo de experiência ganham reforço com polo

por Agência Sebrae de Notícias

em 28/09/2023 às 11h55

5 min de leitura

Pequenos negócios de turismo de experiência ganham reforço com polo

*Fotos: Douglas Negrini./Divulgação Sebrae

ESObservar a movimentação dos beija-flores exige tempo e uma boa dose de paciência. Suas asas especiais podem bater em até 90 vibrações por segundo e seu voo de flor em flor chega à impressionante velocidade de 60 km/hora. Para acompanhar de perto a atividade desse passarinho e de muitos outros, viajantes procuram o chamado turismo de experiência. No Espírito Santo, esse tipo de viagem já tem destino certo: a Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi (Ebmar). Por lá, é possível fazer visitas e trilhas guiadas e conhecer as mais de 470 espécies de aves e pássaros da região, das quais 16 são somente de beija-flores.

A reserva natural situada em Santa Cruz, litoral de Aracruz, que leva o nome do cientista capixaba pioneiro do mundo e Patrono Nacional da Ecologia é um dos destinos indicados pelo Polo de Referência do Turismo de Experiência, liderado pelo Sebrae no Espírito Santo, cujo lançamento nacional ocorreu ontem (27).

Augusto Ruschi foi responsável por desenvolver, nos anos de 1930, o método de alimentação em garrafinhas e a criação em cativeiro do beija-flor. Ele foi um dos maiores especialistas em comportamento das aves, graças às suas pesquisas e observações intensas da natureza. Seu legado foi levado adiante pelo seu filho, André, e agora tem à frente o neto Gabriel, de 34 anos, que é presidente do Instituto Augusto Ruschi/Ebmar.

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Gabriel conta que a observação dos beija-flores é sazonal e depende das épocas em que eles aparecem com mais frequência, como inverno e primavera. Há vários bebedouros espalhados pelo local e os turistas contam com uma visita guiada, em que se explica um pouco sobre a espécie, bem como a história do local.

“O Sebrae trouxe a oportunidade de elaborarmos um produto específico para os beija-flores. Conseguimos organizar melhor o produto e compilar as informações. Logo após a pandemia foi um fluxo gigantesco de pessoas”, esclarece Gabriel Ruschi. Para se manter, a instituição promove também o turismo de experiência com foco no turismo pedagógico, durante o ano letivo.

Assim como na reserva de Santa Cruz, diversos locais do país estão apostando no turismo de experiência como forma de desenvolvimento e geração de renda. Negócios desse nicho prezam pela jornada do visitante, com a promoção de atividades e serviços que sejam mais autênticos, interativos, que valorizem a cultura, a identidade dos destinos e a comunidade local.

“Os produtos e serviços do turismo de experiência podem envolver gastronomia, natureza, manifestações culturais, tradições locais, e muitas outras vivências. Por meio dessas experiências, o turista pode participar ativamente e emocionalmente de passeios, degustações, atividades rurais, entre muitas outras atividades. Turismo de experiência não é luxo: é genuíno, autêntico, imersivo”, diz Germana Magalhães, analista de Competitividade do Sebrae.

Polos de Referência

O Polo de Referência do Turismo de Experiência faz parte de uma estratégia nacional do Sebrae para criar espaços voltados à geração de inteligência, soluções inovadoras e trocas de conhecimentos em temas estratégicos e fundamentais para impulsionar o empreendedorismo e a competividade dos pequenos negócios. A instituição conta com polos por todo o território nacional e em diversos segmentos, como economia criativa, artesanato, agronegócio, indústria, entre outros.

O Polo foi apresentado oficialmente para o trade turístico nacional durante a 50ª edição da ABAV Expo, o mais importante evento do segmento na América Latina, realizado ontem, no Rio de Janeiro. Além do lançamento, o Sebrae, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), apresentou no encontro o Programa Turismo Futuro Brasil, que contempla 12 destinos turísticos do país.

Turismo de experiência

Inúmeros destinos brasileiros voltados ao turismo de experiência já têm o apoio do Sebrae na qualificação, inovação e comercialização dos pequenos negócios da cadeia, gerando a diversificação da oferta de produtos e serviços turísticos. Mas a implementação do polo no Espírito Santo será um grande centro de produção e disseminação de estudos, conteúdos, soluções e serviços de interesse dos pequenos negócios. “Além disso, esperamos que o polo ajude a estabelecer um ambiente de governança em âmbito nacional, com a participação de parceiros estratégicos de mercado e institucionais relacionados a temática do Turismo de Experiência”, complementa Germana Magalhães.

O Estado foi escolhido para sediar o polo devido à intensidade do agroturismo na região, modalidade em que as atividades agrícolas possibilitam ao turista o contato e a vivência com a atmosfera da propriedade rural e os hábitos locais. Com início no município de Venda Nova do Imigrante, rapidamente o agroturismo ganhou projeção nacional. Um dos destaques é a produção de socol, embutido de lombo suíno preparado pelas primeiras famílias de imigrantes italianos que chegaram à cidade e que, após o resgate histórico da produção, recebeu a certificação de Indicação Geográfica em 2018.

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