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Menos chuvas? Inverno mais longo? La Niña pode voltar no 2º semestre de 2021

Agência de Meteorologia e Oceanografia Norte Americana afirma que fenômeno deve dar lugar à neutralidade climática durante o inverno, mas pode retornar passada a estação

por Redação Conexão Safra

em 14/05/2021 às 9h19

3 min de leitura

Menos chuvas? Inverno mais longo? La Niña pode voltar no 2º semestre de 2021

A Agência de Meteorologia e Oceanografia Norte Americana (Noaa) divulgou um relatório nesta quinta-feira (13) e indicou que o fenômeno La Niña no Oceano Pacífico terminou e que estamos sob neutralidade climática. A tendência é de manutenção da neutralidade durante o inverno brasileiro e chance de retorno de um La Niña fraco no fim do ano. E a palavra “chance” é usada aqui porque a previsão de longo prazo feita em estações de transição, como o outono, tem maior incerteza. Como é de praxe, a volta do fenômeno faria com que a chuva no Sul, Sudeste e Centro-Oeste ficasse abaixo da média para o período, atrasando as precipitações de primavera. Além disso, o inverno pode acabar durando mais.

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Importante sempre ressaltar que neutralidade deste inverno não significa chuva e temperatura dentro da média. Existem outras variáveis além da temperatura do Oceano Pacífico que impactam o clima. Por isso mesmo, a atualização da previsão trimestral da simulação canadense CanSIPS indica o período entre maio e julho com chuva abaixo da média nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

No Norte, há previsão de chuva acima da média, enquanto o Nordeste tem previsão de uma precipitação próxima do normal na maior parte da região. Para o Sul, Sudeste e Centro-Oeste, apesar da previsão de chuva abaixo da média, não teremos uma seca tão persistente como foi a observada no ano passado. Em 2020, sob La Niña, a chuva não apareceu com tanta frequência, mas neste ano, sem o fenômeno, não será estranho o aparecimento de alguns períodos mais úmidos, embora na soma de três meses, o acumulado de chuva não seja suficiente para alcançar a média histórica.

Já na costa do Sudeste, entre Rio De Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, observamos desvios entre a média e um pouco abaixo da média. Isso indica um padrão de deslocamento das ondas de frio, que passarão pela maior parte da Região Sul, mas desviarão para a costa do Sudeste, mantendo o interior do país com temperaturas mais elevadas que o normal.

Com informações do Climatempo e Canal Rural
Foto de capa: reprodução/internet

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