Modelos climáticos

La Niña deve perder força nos próximos meses e terminar no fim do verão

Fenômeno climático segue atuando até março de 2026, segundo a NOAA, antes de transição para neutralidade

La Niña Brasil 2025
Imagem: NOAA/divulgação

O fenômeno climático La Niña, que influencia padrões de chuva e temperatura em diversas regiões do planeta, deve acabar entre fevereiro e março de 2026, ou seja, no fim do verão no Hemisfério Sul. A informação consta no relatório mais recente do Climate Prediction Center (CPC), da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).

De acordo com o documento “ENSO: Recent Evolution, Current Status and Predictions”, divulgado no dia 8 dezembro de 2025, a La Niña segue ativa no Oceano Pacífico Equatorial, com temperaturas da superfície do mar abaixo da média e interação consistente entre oceano e atmosfera, característica essencial para a manutenção do fenômeno.

La Niña segue durante o verão

Os modelos climáticos analisados pela NOAA indicam que a La Niña deve persistir ao longo do verão, período que vai de dezembro a março. No entanto, os sinais apontam para um enfraquecimento gradual do fenômeno ao longo da estação.

Segundo o relatório, a maior probabilidade é que as condições de La Niña deem lugar a um cenário ENSO-neutro, quando não há atuação nem de La Niña nem de El Niño.

O que é La Niña

La Niña é a fase fria do ciclo climático conhecido como El Niño–Oscilação Sul (ENSO). Ela ocorre quando as águas superficiais do Pacífico Equatorial central e leste ficam mais frias que o normal, alterando a circulação atmosférica global.

Essas mudanças influenciam diretamente os regimes de chuva e temperatura em várias partes do mundo. No Brasil, os efeitos variam conforme a região, podendo incluir alterações no volume e na distribuição das chuvas, além de impactos sobre a agricultura, os recursos hídricos e a ocorrência de eventos extremos.

Transição não é imediata

Especialistas ressaltam que o fim oficial da La Niña não significa uma mudança instantânea no clima. Mesmo após a transição para neutralidade, os efeitos residuais do fenômeno podem persistir por algumas semanas ou meses.