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Pesquisa

Pesquisadores buscam desenvolver biofertilizante a partir da cavalinha

"O produto, por ser natural, poderá ser utilizado em cadeia de produção de alimentos orgânicos e biodinâmicos. Uma alternativa a mais para os produtores "

por Revista A Lavoura

em 16/06/2020 às 13h52

3 min de leitura

Pesquisadores buscam desenvolver biofertilizante a partir da cavalinha

Uma parceria da empresa Satis, especialista em pesquisa e desenvolvimento de soluções de nutrição vegetal, com as Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu) e a Universidade de Uberaba (Uniube) está desenvolvendo um biofertilizante partir da cavalinha.

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De nome científico
Equisetum, a cavalinha é uma planta medicinal que possui propriedades funcionais e de interesse às indústrias farmacêuticas e de processos agroindústrias devido às substâncias contidas em suas folhas e caule.

“Estamos no desenvolvimento inicial da pesquisa, em busca da melhor metodologia de extração dos compostos presentes na planta. Realizaremos posteriormente testes em laboratório e no campo, para entendermos melhor os mecanismos de ação dos extratos e também selecionar o melhor extrato ”, afirma a professora da Fazu Thais Oliveira Ramalho Bean, Pós-Doutora em Agronomia-Fitopatologia.


O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da Uniube, José Roberto Finzer, conta que o estudo será focado na extração de solúveis da cavalinha. “Essa fase da pesquisa, da fabricação do extrato aos testes de campo, tem previsão de dois anos de duração. ”

Produto totalmente natural

Pesquisadores responsáveis pelo estudo ao lado da plantação de cavalinha. (Foto: *Divulgação)

Muito conhecida popularmente, a planta medicinal tem ação diurética, anti-inflamatória e digestiva. A planta também é rica em potássio e vitamina C. Os alunos que participam da pesquisa irão desenvolver o melhor processo de extração de solúveis da planta, usando solvente orgânico, e otimizando operacionalmente a concentração do solvente, temperatura de processo e tempo de extração.

A professora relata que o extrato de uma planta é um produto natural e potencialmente mais seguro para o meio ambiente, para o agricultor e também para o consumidor.

“Além do mais, esse produto, por ser natural, poderá ser utilizado em cadeia de produção de alimentos orgânicos e biodinâmicos. Uma alternativa a mais para os produtores ”, complementa. O coordenador da Uniube destaca ainda que “a integração universidade-indústria serve como um catalisador para discutir os avanços da ciência e da tecnologia, conectando profissionais de várias áreas para gerar novas ideias para o benefício da sociedade ”.


Dentro do projeto, os ensaios microbiológicos e agronômicos serão de competência da Fazu. Nas diversas possibilidades de extração serão efetuadas análises microbiológicas para avaliação de desempenho do sistema de separação e posteriormente testes de eficiência agronômica.

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