Mais lidas 🔥

Na Vila Batista
Vila Velha certifica sua primeira agroindústria de mel

Mercado
Preços do mamão formosa sobem com oferta menor nas principais regiões

Reconhecimento nacional!
Conexão Safra vence o Prêmio Ibá de Jornalismo 2025

De quarta para quinta
Veja as 55 cidades capixabas que estão sob alerta vermelho para temporais

Previsão do tempo
Instabilidade perde força no ES, mas sábado segue com nuvens e chuva fraca

Famílias das comunidades de Regência, Povoação, Areal e Entre Rios, em Linhares, no Espírito Santo, estão recebendo colmeias para criação de abelhas sem ferrão. A ação faz parte do Projeto de Meliponicultura na Foz do Rio Doce, iniciativa sustentável destinada à produção de mel e derivados, preservação das espécies e conservação da biodiversidade. O projeto conta com o apoio financeiro da Fundação Renova, que vai investir mais de R$1,7 milhão.
Para garantir a implantação das atividades, foi contratada uma consultoria para promover capacitações e realizar o acompanhamento das 64 famílias inscritas. O recebimento das colmeias está condicionado à participação no treinamento básico de Meliponicultura, iniciado em abril. Além de fundamentos teóricos de ecologia de abelhas sem ferrão, o curso oferece a parte prática de manejo das abelhas, cuidados com a manipulação, alimentação e multiplicação de colmeias.
Até o momento, 43 famílias concluíram o treinamento e estão habilitadas para o recebimento de até dez colmeias para iniciar as atividades de geração de renda. A previsão é de que elas sejam entregues até junho, após a conclusão das capacitações.
O analista de Programas Socioeconômicos da Fundação Renova, Kadio Aristide, explica que, além da venda do mel, as famílias também poderão ter renda por meio da comercialização dos subprodutos. “A cera é muito utilizada para uso medicinal e estético. Atualmente, o pólen desidratado, rico em nutrientes, também tem sido vendido como complemento nutricional”, diz Aristide.
Abelhas sem ferrão
A escolha das abelhas sem ferrão, diferentemente da apicultura, levou em consideração a vocação da região, o baixo custo de investimento na construção de um meliponário (coleção de colmeias de abelhas), a segurança dos produtores e a facilidade de manipulação. A produção também pode ser feita em área urbana, e o mel é considerado de excelente qualidade e de alto custo-benefício no mercado.
Cerca de 90% das espécies de árvores da Mata Atlântica dependem das abelhas sem ferrão para se reproduzirem, pois elas são responsáveis pela polinização. O mel das abelhas sem ferrão também está sendo valorizado pela gastronomia, pois tem mais acidez e nuances de aromas e sabor. Em um cenário de resgate e valorização de ingredientes brasileiros, os produtos das abelhas nativas foram adotados por grandes chefs e, gradativamente, vêm ganhando espaço na casa dos brasileiros.




