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Internacional

Seminário abrangerá situação das nuvens de gafanhotos na Argentina

"Encontro terá autoridades brasileiras, além de representantes da Uruguai, Bolívia e Paraguai e vai abordar também riscos para os países e ações em conjunto contra a praga"

por Imprensa Sindag

em 27/08/2020 às 12h48

3 min de leitura

Seminário abrangerá situação das nuvens de gafanhotos na Argentina

A situação das nuvens de gafanhotos na Argentina, Bolívia e Paraguai e ações de cooperação internacional contra a praga serão tema de uma videoconferência na próxima sexta-feira (28), via YouTube. A promoção é do governo argentino, com a participação de representantes do Ministérios da Agricultura do Brasil, Uruguai, Bolívia e Paraguai. O chamado
Seminário de cooperación regional Langosta sudamericana: estado de situación y perspectivas de colaboración
terá início às 10 horas (horário de Brasília) e deve durar cerca de uma hora e meia. O encontro via web abordará também as perspectivas do Brasil e Uruguai sobre a questão.

O endereço para assistir ao seminário pode ser acessado
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é possível preencher o formulário de presença no evento

Confira a programação no final do texto

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Atualmente, a Argentina se vê às voltas com oito nuvens migratórias de gafanhotos da espécie sul-americano (Schistocerca cancellata). Elas se deslocam entre as províncias de Salta, Tucumán, Santiago del Estero e Córdoba. Uma nona nuvem foi eliminada na última semana, com pulverizações aéreas e terrestres em Santiago del Estero. Conforme o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), no último domingo (23), uma nova operação aérea foi realizada no interior do município de
Ca&ntilde,ada de Luque, no norte de Córdoba (a cerca de 580 quilômetros do Brasil).

Foto: Sindag

A aplicação feita por avião agrícola ocorreu nas primeiras horas da manhã e abrangeu uma área de 140 hectares, onde os gafanhotos haviam pousado no sábado (22). O Senasa coordenou a operação e informou que os resultados foram considerados bons, embora sem quantificar percentual eliminado da nuvem.

Já nessa terça (25), a cerca de 120 quilômetros ao sul o teatro de operações de domingo, foram realizadas aplicações aéreas e terrestres
entre Bower e Rafael García. A mesmo tempo, técnicos do Senasa seguem rastreando todas as nuvens, em parceria com entidades agrícolas de cada província e dos próprios produtores rurais.

O objetivo é a cada dia localizar o ponto de parada da nuvem a tempo de se traçar o perímetro dos insetos antes de terminar o dia. A partir daí são preparadas aplicações aéreas ou terrestres (ou as duas juntas) para a manhã seguinte, antes que o dia esquente e os gafanhotos decolem novamente.

ALERTA

No lado brasileiro, segue o estado de alerta contra gafanhotos, pela circulação e nuvens de insetos no país vizinho. O Brasil está em emergência fitossanitária desde 25 de junho, depois que uma nuvem de gafanhotos chegou à província de Corrientes e se aproximou da fronteira com o Rio Grande do Sul (chegou a ficar a cerca de 140 quilômetro do território gaúcho). Segundo a
Portaria 201/20
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a situação de emergência vale por um ano.

O Mapa também publicou em junho um
Manual de Procedimentos Gerais
contra a praga, com a lista de produtos autorizados para o combate dos gafanhotos. Desde o início da crise, o Sindag já havia colocado aviões agrícolas à disposição do Ministério e do governo gaúcho (que também editou seu
plano de ação) para o controle dos insetos, caso eles atravessassem a fronteira.

A nuvem que em junho entrou em Corrientes acabou seguindo para a província e Entre Rios e, no dia 25 de julho,
foi extinta com aplicações aéreas e terrestres
no município de Federación, na fronteira com o Uruguai. Foi a primeira vez em mais de 70 anos que uma nuvem de insetos havia chegado tão perto do território brasileiro.


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