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Indústria

Consumo de café solúvel sobe 3,7% no acumulado de 2021 no Brasil

De janeiro ao fim de agosto, brasileiros consumiram o equivalente a 670 mil sacas

por Agência P1

em 14/09/2021 às 17h24

2 min de leitura

O consumo de café solúvel no Brasil segue em expansão e apresenta avanço de 3,7% no acumulado de janeiro a agosto de 2021. No período, os brasileiros consumiram o equivalente a 669.797 sacas de 60 kg, acima das 645.794 sacas registradas nos oito primeiros meses do ano passado. Os dados partem de levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics).
Segundo o diretor de Relações Institucionais da entidade, Aguinaldo Lima, o desempenho resulta de investimentos feitos pelas fábricas no Brasil. “Além de novas plantas fabris que vem surgindo, as indústrias nacionais de solúvel também ampliam o desenvolvimento de produtos cada vez mais voltados à qualidade, potencializando as características sensoriais ao consumidor final, o que contribui para incrementar o consumo”, comenta.

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A evolução qualitativa nacional é notada quando se observa que, em meio ao avanço do consumo interno, há redução nas importações de cafés instantâneos. “De janeiro a agosto, as compras do produto do exterior foram de 26,7 mil sacas, o que representa uma diminuição de 32,4% em relação ao volume adquirido no mesmo período de 2020”, revela Lima.

Exportações
Na contramão do consumo, os embarques de café solúvel do Brasil registram declínio no acumulado de 2021. Entre janeiro e agosto, as exportações do produto totalizam 2,536 milhões de sacas, montante 6,4% inferior ao registrado no acumulado dos oito primeiros meses de 2020.
O diretor da Abics explica que a reversão da tendência nos embarques, que foram positivos até o fechamento do primeiro quadrimestre, ocorreu devido à elevação dos preços do café no mercado interno e a problemas logísticos de escassez de contêineres e embarcações.

“A dificuldade para se obter contêineres e espaço em navios se tornou rotineira desde maio e permanece até hoje, o que reduz a capacidade e eleva os custos de embarque, impactando o desempenho de todo o setor exportador brasileiro. Além disso, adversidades climáticas no cinturão produtor do Brasil geram incertezas quanto à próxima safra e provocaram uma disparada nos preços internos e internacionais do café, o que dificulta a comercialização e desaquece a demanda em certos mercados”, conclui.

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