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OIE ampliará a lista de estados brasileiros livres da peste suína clássica

OIE ampliará a lista de estados brasileiros livres da peste suína clássica

por Redação Conexão Safra

em 23/02/2016 às 0h00

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Brasília (22/2) &ndash, A comissão científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) aceitou o pedido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para ampliar o status de zona livre da peste suína clássica para 14 estados brasileiros e mais o Distrito Federal. Além do Paraná, estão na lista Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Também estão incluídos os municípios de Guajará, Boca do Acre, sul do município de Canutama e sudoeste do município de Lábrea, no Amazonas. “Esta conquista é resultado de um grande esforço da defesa agropecuária e um reconhecimento da competência técnica brasileira ”, comemora o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Luis Rangel.

Atualmente, apenas dois estados já têm o certificado de zona livre da peste suína clássica: Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O status foi conquistado em maio do ano passado, durante a 83ª Sessão-Geral da OIE, em Paris. Agora, com o referendo da OIE para os 14 estados e o DF, os 180 países-membros da organização terão 60 dias para se manifestar tecnicamente sobre o assunto.

“Caso haja algum questionamento, o ministério vai manter uma equipe de prontidão para esclarecimentos ”, diz o chefe do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques. Superada essa etapa, o pedido vai para a assembleia da OIE para votação final (22 a 27 de maio, em Paris) e posterior entrega do certificado ao Brasil.

DESAFIO – Segundo o secretário, o reconhecimento será uma garantia de manutenção dos mercados internacionais para a carne suína brasileira. “Nós, do Brasil, nos manteremos no topo das condições sanitárias, evitando retaliações de outros países e ocupando espaço de mercados que, porventura, não tenham status de zona livre da doença ”, avalia Marques.

A ministra Kátia Abreu lembra que 99% das indústrias processadoras de carne suína estão nos dois estados que já são livres da peste suína clássica e nos outros que agora devem obter o certificado da OIE. “O desafio daqui para frente é fazermos com que todos os estados brasileiros tenham o mesmo status ”, projeta a ministra.

PRODUÇÃO E VENDAS &ndash, A produção brasileira de carne suína em 2015 totalizou 3,48 milhões de toneladas, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Deste total, o Paraná produziu 633,15 mil de toneladas. No período, o Estado exportou 64,5 mil toneladas, volume 43% maior em relação a 2014. Os principais destinos da carne suína exportada pelo Estado é Hong Kong, mercado que responde por 37% dos embarques, Rússia (23%) e Uruguai (20%). As receitas das exportações totalizaram US$ 147,8 milhões em 2015.

A DOENÇA – A peste suína clássica, causada por um vírus, é altamente contagiosa e tem notificação compulsória para a OIE. Provoca febre alta, manchas avermelhadas pelo corpo, paralisia nas patas traseiras, dificuldades respiratórias e pode levar à morte do animal. Os últimos casos foram registrados no Brasil em agosto de 2009, no Amapá, Pará e Rio Grande do Norte. (Com informações da Assessoria do Mapa e da Ocepar)

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