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Espírito Santo ocupa 4º lugar na produção de seringueiras do Brasil

por Redação Conexão Safra

em 03/03/2016 às 0h00

5 min de leitura

Espírito Santo ocupa 4º lugar na produção de seringueiras do Brasil

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niciar o dia bem cedo para aproveitar a produtividade do látex é a rotina diária dos seringueiros. No Espírito Santo, a área destinada ao cultivo da planta corresponde aproximadamente a 16 mil hectares, e segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), até 2020, a meta é expandir mais 75 mil hectares.

Celebrado dia 03 de março o Dia do Seringueiro, a data representa também agradecimento aos responsáveis pelo destaque do estado, que ocupa 4º lugar nacional na produção de borracha natural. Ótima opção de reflorestamento, a heveicultura é uma atividade econômica de grande rentabilidade aos produtores.

No auxílio ao desenvolvimento da seringueira no Espírito Santo, órgãos como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (Faes), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do ES (Senar-ES) e o Incaper dispõem de treinamentos para qualificação e expansão de propriedades e assistência técnica, respectivamente. Nas capacitações o Senar oferece “Sangrador de Seringueira ”, “Qualidade na Sangria ” e “Produção de Mudas &ndash, Enxertia de Seringueira ”.

Há 30 anos na atividade de seringueiro, o capixaba José Manoel Monteiro de Castro, afirma que a melhor escolha foi se aventurar com o plantio da árvore. Por meio de recursos de um programa Federal de incentivo ao plantio em 1982, hoje ele comemora a qualidade de vida. “Obtive com a sangria uma renda mensal regular, fator principal que me levou a consorciar em meus 32 hectares de terras, com cacau e palmáceas, três mil pés de seringueiras ”.

Sua propriedade “Quinta Serrão Monteiro de Castro ”, nome em homenagem aos pais descendentes portugueses, fica na comunidade Maranhão, no município de Iconha, no Espírito Santo. José Manoel é associado à Cooperativa dos Seringalistas do Espírito Santo (Heveacoop), de Vila Velha, e ao Sindicato Rural da região. Na sangria trabalham com o produtor a esposa e parceiros rurais, estes com contrato de parceria, e também sócios da cooperativa.

Muitos anos à frente do seringal rendeu além de aumento de renda, muito conhecimento a José Manoel. Ele explica que a seringueira no Espírito Santo produz melhor em baixa temperatura e tempo ameno, o que justifica a sangria bem cedo e no fim do dia. “Destaco os meses de abril a julho como os mais produtivos, pois a seringueira tem produtividade longe do sol. Já o plantio da árvore, pode ser em qualquer época preferencialmente em meses chuvosos ”, destaca.

Atualmente, José Manoel Monteiro de Castro caminha rumo a mais um investimento em seu seringal com a expansão de 9 mil árvores, onde metade é recurso próprio, e o restante proveniente de financiamento do Banco do Brasil. “Essa é a hora de investir. Mesmo com a borracha brasileira sofrendo concorrência desleal da China, nossa commodity vai se recuperar no mercado e teremos bons resultados. Essa atividade é de altos e baixos, mas sempre se recupera e o retorno financeiro é garantido. Sem contar que a seringueira é uma excelente escolha para recomposição florestal com lucro garantido ”, finaliza.

Instrutor do Senar-ES, seringueiro e também associado à Heveacoop, Rodrigo Maurício Rutowitsch, possui duas propriedades com plantio de seringueiras: “Tira Teima ”, em Vila Velha, e “Confirmação ”, em Guarapari. Ambas propriedades de início na década de 60, que juntas totalizam 85 hectares de plantação de seringueira, com 41 mil árvores. Tira Teima, que tem no nome a incerteza de futuro econômico do seringal, por ser na época cultura desconhecida.

Rutowitsch revela alguns cuidados para iniciar o plantio de seringueira: “é importante ter conhecimento de zoneamento agroclimático de sua propriedade. Saber se a área está apta ao plantio de seringueira, usar:
mudas de qualidade, provenientes de um viveirista, certificado pelo Ministério da Agricultura, e ter um bom acompanhamento técnico ”, frisa.

Sangria

Geralmente, a seringueira começa a ser sangrada após o sétimo ano do plantio, quando deve atingir 50 cm de diâmetro do tronco e uma altura de 1 metro e 20 centímetros do solo, com, no mínimo, 6 milímetros de incremento de casca. Ao iniciar a sangria, deve ser adotado um sistema adequado ao tamanho do plantio e aos clones utilizados.

A sangria se faz ao longo do ano, interrompendo somente no período de senescência, conhecido como o período de troca de folhas, que dura mais ou menos um mês. No Espírito Santo, o sistema de sangria mais utilizado é o S2 D4, quando o seringueiro toma conta de quatro lotes e a sangria é feita em rodízio.

Seringueira no ES

No Espírito Santo, três cooperativas se encarregam do recolhimento da borracha natural ou látex. Elas se localizam nos municípios de São Gabriel da Palha, Vila Velha e Linhares. Segundo dados da Heveacoop, cooperativa de Vila Velha, há atualmente 185 associados, que em 2015 tiveram produção de 2.435 mil toneladas de borracha no estado.

Fonte: www.sitemantenopolis.com.br

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