Produção de abacate dobra no Espírito Santo
por Assessoria de Comunicação da Seag
em 27/09/2023 às 15h57
5 min de leitura
Já faz algum tempo que o abacate é o ingrediente queridinho dos pratos saudáveis e o cultivo da cultura no Espírito Santo tem ganhado proporções significativas. O Espírito Santo é o 4° maior produtor de abacate do Brasil. Somente em 2022, o Estado produziu 24.991 toneladas da fruta, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, o valor bruto da produção capixaba do produto ultrapassou a marca de R$ 63,3 milhões. Um crescimento de 114% em relação ao ano de 2021, quando o valor era de R$ 29,5 milhões.
No Espírito Santo, em 2021, a fruta era cultivada em uma área de 918 hectares, com produção de 11.657 toneladas e produtividade média de 12,7 toneladas por hectare. Já em 2022, a área expandiu para 959 hectares (+4,47%), a produção foi de 24.991 toneladas (+114%) e a produtividade passou a ser de 26,1 toneladas por hectare (+114%).
O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, destacou que o abacate cultivado no Estado também é exportado para outras regiões do Brasil e até para o exterior, contribuindo para as economias local e nacional.
“No Estado há 572 estabelecimentos rurais com produção de abacate, dos quais 69% são da agricultura familiar. Notamos um crescimento bem acentuado desde o ano passado, em que o Espírito Santo exportou 10 toneladas da fruta. Já no acumulado deste ano, somente de janeiro a agosto, exportamos 89,8 toneladas, que renderam o valor de US$276,3 mil dólares, quase 37 vezes maior que o mesmo período em 2022”, afirmou o secretário Enio Bergoli.
De acordo com a Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (GDN/Seag), segundo estimativas do IBGE, em 2022, o Espírito Santo foi o 4º maior produtor de abacate do Brasil, representando 7,38% da produção nacional, atrás apenas de São Paulo (43,27%), Minas Gerais (29,60%) e Paraná (8,92%). Em 2021, fomos o quinto maior produtor. Ainda segundo o censo, há 572 estabelecimentos rurais com produção de abacate no Estado, dos quais 69% são da agricultura familiar.
Cultivo do abacate no Estado
A produção de abacate capixaba no ano passado originou-se de 25 municípios, dos quais Venda Nova do Imigrante lidera a produção, com 13.710 toneladas (54,85% da produção estadual). Em segundo lugar está Vargem Alta, com 3.600 toneladas (14,40%), seguido por Marechal Floriano, com 1.875 toneladas (7,50%), e Castelo, com 1.140 toneladas (4,56%). Outros 21 municípios produziram em menor escala.
No Espírito Santo, o clima tropical/subtropical favorece a ampliação do cultivo do fruto. Segundo Cesar Abel Krohling, engenheiro agrônomo do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), de Marechal Floriano, os produtores têm investido na produção de abacates de qualidade, buscando variedades adequadas ao clima local e adotando práticas de cultivo que visam à maximização da produção e à qualidade dos frutos.
Mais Conexão Safra
“Atualmente, a região serrana se destaca na produção da cultura e técnicos do Incaper orientam os produtores sobre as novas tecnologias que devem ser adotadas. O abacate consorciado com o café aumenta a diversidade de inimigos naturais das pragas e o plantio deve ser realizado com mudas de boa qualidade. A enxertia também é fundamental para o sucesso da atividade, pois garante rapidez e produtividade nos cultivares”, ressaltou Krohling.
Há um século cultivando café, a propriedade de Estevão Douro, localizada em Marechal Floriano, que conta agora com uma nova alternativa cultivada em meio à lavoura, o abacate.
“O abacate veio como uma alternativa de renda e, há cinco anos, o cultivo do café se dá em consórcio com o abacate aqui na propriedade. De modo geral, a utilização de plantas para o sombreamento ajuda a atenuar as temperaturas dentro do cafezal e aumenta a diversidade de inimigos naturais das pragas por meio do controle biológico. Enquanto produtores, temos que criar alternativas pois nem sempre as lavouras estão com boa produtividade, e o consumo do abacate tem crescido. Hoje, o mercado remunera bem e cultivar essa cultura é um incremento na nossa renda” contou Douro.
O cultivo do abacate no Estado remonta a várias décadas e a popularidade da fruta tem crescido ao longo do tempo devido ao sabor, valor nutricional e versatilidade culinária. O fruto também tem potencial para ser explorado na produção de óleo.A fruta é originária do México e existem centenas de variedades, que são diferentes na forma, tamanho e cor. Entre os popularmente conhecidos, estão o abacate manteiga (em forma de pera, com polpa macia e sem fibras), o guatemala (com forma de ovo e casca rugosa, maior que o manteiga) e o pescoço (parecido com o abacate manteiga, mas um pouco mais alongado).
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