Banestes divulga lucro líquido recorde de R$ 371 milhões em 2023
O banco estadual registrou crescimento de 12,3% em relação ao ano de 2022, com destaque para a evolução das operações de crédito, o controle do custo de captação de recursos e o resultado de seguros
por Banestes
em 27/02/2024 às 11h34
6 min de leitura
O Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) divulgou, nesta terça-feira (27), os resultados do exercício de 2023. O lucro líquido acumulado atingiu a cifra histórica de R$ 371 milhões, crescimento de 12,3% em comparação a 2022. Esse é o maior e melhor desempenho da história do Banestes, com destaque para a evolução das operações de crédito, o controle do custo de captação de recursos e o resultado de seguros. No quarto trimestre, o lucro líquido registrado foi de R$ 90 milhões, crescimento de 25,6% em doze meses.
O bom resultado é decorrente, principalmente, das rendas com operações de crédito, que acumularam o montante de R$ 1,5 bilhão, resultado 20,1% maior do que o apurado em 2022 e das receitas com operações de títulos e valores mobiliários (TVM), que somaram R$ 3,5 bilhões, crescimento de 2,4% no ano. O resultado operacional atingiu R$ 589 milhões no ano, evolução de 7,4% em relação a 2022.
Na análise do diretor-presidente do Banestes, José Amarildo Casagrande, o Banestes tem se destacado a partir de estratégias de equilíbrio financeiro, investimentos e expansão dos negócios. “Mantemos uma sólida estrutura de capital, fator indispensável para suportar o financiamento da atividade produtiva e as necessidades dos clientes de forma eficiente e competitiva. O comportamento histórico do nosso patrimônio e a melhoria contínua do retorno de nossos negócios evidenciam todo o esforço e a estratégia empregados para entregar uma rentabilidade adequada aos nossos acionistas, sempre agindo de forma prudente e respeitando as características dos cenários econômicos apresentados”.
As informações foram transmitidas pela diretoria da instituição financeira via YouTube, no canal oficial do Banestes, www.youtube.com/@BanestesTV. Os dados completos podem ser consultados no site de Relações com Investidores (ri.banestes.com.br), além das páginas da Comissão de Valores Mobiliários (sistemas.cvm.gov.br/consultas.asp) e da B3(www.b3.com.br).
“A expansão da carteira de crédito e da carteira de TVM direcionou o crescimento das receitas e a intensidade do resultado conquistado, solidificando nosso objetivo de ampliar a lucratividade e o retorno, com resultados sustentáveis no curto, no médio e no longo prazo”, disse o diretor de Relações com Investidores, Silvio Henrique Brunoro Grillo.
O índice de eficiência operacional (IEO) fixou-se em 47,8% no ano, enquanto o índice de eficiência operacional ajustado ao risco registrou 54,1% no mesmo período. No trimestre, o IEO foi de 49,1%, melhora de 0,2 p.p. em doze meses. “A continuidade de resultados positivos do índice decorre da melhora contínua do resultado da intermediação financeira e da racionalização de custos das despesas administrativas”, destaca Silvio Grillo.
Somente nos últimos cinco anos, o número de acionistas do Banestes cresceu aproximadamente 17 vezes. No fim de 2023, foram registrados mais de 45 mil acionistas. Desse total, 60% está presente no sudeste, sendo 31% somente no estado de São Paulo.
O desempenho do Banestes se reflete em ganhos para a sociedade capixaba. Sob a forma de dividendos e juros sobre capital próprio, foram destinados ao acionista controlador, o Estado do Espírito Santo, a quantia de R$ 186 milhões em 2023, valor este aplicado conforme as prioridades de investimentos definidas no orçamento estadual.
Além disso, foram distribuídos à sociedade capixaba o valor de R$ 1,2 bilhão por meio de impostos e contribuições, remuneração de pessoal, distribuição de lucros e remuneração de capitais de terceiros. Esse valor representa um crescimento de 8,1% em comparação ao valor do mesmo período do ano anterior.
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Outros destaques
A margem financeira acumulou o montante de R$ 1,2 bilhão em 2023, resultado 15,7% maior do que o apurado em 2022. No trimestre, a margem financeira registrou R$ 341 milhões, crescimento de 26,6% em doze meses e de 9,4% ante o trimestre anterior. O resultado reflete o contínuo crescimento das receitas com operações de crédito, que registraram saldo de R$ 401 milhões no trimestre e seguem expandindo (+14,1% em doze meses e +3,1% em três meses); o controle da provisão para créditos (-36,4% em doze meses e -49,7% em três meses); e o resultado de tesouraria, que registrou o montante de R$ 861 milhões no trimestre (-4,9% em doze meses e -8,6% em três meses).
Os ativos totais registraram saldo de R$ 41,5 bilhões no fim de 2023, expansão de 12,9% no ano. A carteira de crédito ampliada registrou saldo de R$ 12,8 bilhões, evolução de 8,3% em doze meses e de 2,6% contra a posição do trimestre anterior. A carteira de crédito comercial atingiu R$ 9,5 bilhões no ano, expansões de 20,0% em doze meses e de 3,6% contra o trimestre anterior.
A recuperação de créditos transferidos para prejuízo alcançou R$ 25 milhões no quarto trimestre e acumulou 48 milhões em 2023. “A excelente gestão na recuperação de dívidas, o empenho nas agências com abordagem ativa com a negociação dos contratos de créditos inadimplentes e as ações do Feirão Zera Dívidas durante o ano 2023 têm apresentado retornos previstos e vêm alavancando positivamente o resultado nas unidades comerciais”, enfatiza o presidente Amarildo Casagrande.
O patrimônio líquido ultrapassou a marca de R$ 2,2 bilhões, com crescimento de 8,9% na comparação anual e de 1,7% em relação ao trimestre anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 17,4%, crescimento de 0,6 p.p. tanto na comparação trimestral quanto na anual. O retorno sobre os ativos totais (ROA) encerrou o trimestre em 0,9%, mantendo-se estável nas comparações trimestral e anual. O comportamento desses índices evidencia a solidez da performance e a manutenção da qualidade dos resultados da instituição.
No quarto trimestre, foram destinados R$ 106 milhões aos acionistas a título de juros sobre capital próprio (JCP). O lucro líquido por ação atingiu R$ 0,28 no trimestre, acumulando o total anualizado de R$ 1,17. O montante distribuído corresponde a um payout anualizado de 54,3% do lucro líquido.
O dividend yield, indicador do retorno do investimento ao acionista pela participação no lucro do período, foi de 8,2% para as ações ordinárias (BEES3) e de 7,2% para as preferenciais (BEES4). O valor patrimonial por ação no fechamento do trimestre cresceu 8,9% em relação ao fim de 2022, seguindo a evolução do patrimônio líquido, e encerrou o período em R$ 7,02.
No fim de 2023, o Banestes registrou relacionamento com 1,4 milhão de clientes, sendo 1,3 milhão PF e 78 mil PJ. O número de contas corrente totalizou 981 mil, das quais 896 mil são contas de PF, redução de 2,1% em relação ao ano anterior, e 84 mil são contas de PJ, com o crescimento de 3,7% em relação ao ano anterior. As contas de poupança somaram 646 mil, sendo 636 mil de PF e 10 mil de PJ.
A Fitch elevou a nota de rating em escala nacional (moeda local) para risco de crédito do Banestes de AA-(bra), com perspectiva estável, para AA+(bra), também com perspectiva estável. A agência destacou a melhora dos fundamentos do Banestes em relação aos emissores locais de outros setores.
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