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Atualmente, a Cooperativa dos Produtores de Gengibre da Região Serrana do Espírito Santo (CoopGinger), de Santa Leopoldina, está impossibilitada de participar do Fundo Social de Apoio à Agricultura Familiar (Funsaf) devido ao tempo mínimo de constituição da cooperativa. O Fundo prevê no mínimo dois anos de CNPJ, mas a CoopGinger só completa um ano em novembro.
“Precisamos do apoio do governo do Estado no sentido de diminuir esse prazo para que possamos nos encaixar e ter esses benefícios”, diz a presidente, Leonarda Plaster.
Além disso, os cooperativistas cobram mais suporte ao produtor de gengibre, por parte do Estado, com relação à carga tributária. “A maioria dos produtores não tem noção dos tributos que pagam e por que e para que pagam e como atuar dentro da legalidade, principalmente no que diz respeito ao bloco do produtor ou nota fiscal eletrônica, e qual sua importância para o desenvolvimento do seu município, Estado ou país”, completa.
Outro apelo é de mais ações envolvendo pesquisas voltadas para a cadeia produtiva do gengibre e o beneficiamento da produção, como estudos de pragas e doenças do produto e do solo, bem como estudos sobre espécies, insumos, técnicas de plantio e cuidados favoráveis à qualidade da raiz.
“Também falta investimento em marketing do poder público para incentivar estabelecimentos, instituições e a própria população a comprar produtos oriundos da agricultura familiar oferecidos pelas cooperativas”, ressalta Leonarda Plaster.

A pauta de reinvindicações da cooperativa ainda inclui mais policiamento no meio rural e lazer nas comunidades onde vivem os produtores de gengibre. Os produtores sofrem com os frequentes roubos e furtos nas propriedades. Além disso, faltam opções de lazer nas comunidades rurais atendidas.
“Meu intuito é chamar a atenção dos nossos governantes, com expectativas de juntos superarmos essas questões. É necessário o poder público enxergar o assunto com uma visão panorâmica capaz de abranger o quão nossa cooperativa pode contribuir para o crescimento e desenvolvimento econômico local”, finaliza a presidente da CoopGinger.

Otimismo para fazer a diferença
Mesmo com todos os desafios dos primeiros meses de atuação da CoopGinger, o grupo está otimista com a possibilidade de dias melhores e busca fortalecer a união pelo sucesso da cooperativa. “Os atravessadores aproveitam muito de nós. A cooperativa fará toda a diferença”, afirma o cooperado Hilário Plaster.
Para os produtores de gengibre, a CoopGinger é a esperança de mudança e de condições mais justas. “A situação não está fácil, mas quando unidos, a força é maior. A gente vê que cada produtor faz sua parte. Todos unidos, querendo fazer a diferença. E isso traz esperança para o grupo”, observa Natália Plaster.
A presidente da cooperativa analisa que os 50 associados se sentem pertencentes a uma família. “Nós mantemos uma comunicação diária, totalmente diferente do que acontecia antes. Isso é gratificante porque era cada um por si e Deus por todos, e agora, todos se sentem mais amparados e com oportunidade de trabalhar em conjunto, buscando melhorias para todos, pois o retorno não será imediato. Não é só o comércio do gengibre que importa e, sim, trabalhar com mais gente, mais força, em conjunto”, diz Leonarda.
*A terceira e última parte da reportagem especial vai ao ar nesta quarta-feira (31)!






