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Clima

La Niña está confirmado e deve durar até 2019, afirma climatologista

por Redação Conexão Safra

em 03/07/2017 às 0h00

3 min de leitura

La Niña está confirmado e deve durar até 2019, afirma climatologista



Luiz Carlos Molion é meteorologista brasileiro, professor e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), PhD em Meteorologia e pós-doutor em Hidrologia de Florestas.


O fenômeno climático começará a se intensificar entre os meses de setembro e outubro, permanecendo até 2019, é a afirmação do climatologista, Luis Carlos Molion.


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Utilizando o sistema de previsão por similaridade, Molion explica que o La Ni&ntilde,a deve seguir o padrão próximo ao ocorrido entre os anos 1999 a 2001 quando o fenômeno se estabeleceu após um forte El Ni&ntilde,o de 1997 a 1998.


Segundo ele, com o esfriamento das águas do Pacifico um sistema de alta pressão permanece sobre o Brasil, sendo característico por ar seco que dificulta a formação de nuvens. Além disso, é comum por “”altas temperaturas durante o dia e tempo mais frio durante a noite””, explica.


Dessa forma, o climatologista afirma que até 2017 o clima deve ser caracterizado por chuvas abaixo da média em todo o Brasil Central, com exceção da região Sul que tende a receber um volume maior de precipitações. Além disso, em anos de La Ni&ntilde,a é comum o avanço de massas de ar polar que favorece a formação de geadas e alongamento de períodos de baixa temperatura.


Para a produção agrícola esse cenário, se confirmado, poderá causar prejuízos à safra de verão, especialmente para culturas como soja, milho e algodão. “” Há
uma tendência de que as chuvas fiquem firmes somente a partir de novembro e, em geral os produtores querem plantar em setembro ou inicio de outubro””, ressalta Molion.


Além disso, há a possibilidade da ocorrência de veranico severo em janeiro, com a volta das chuvas em março, abril e maio, favorecendo então a segunda safra de milho.


Já no Sul, o estabelecimento da zona de alta pressão sobre o Brasil Central “”tende a desviar as frentes frias que em geral passam sobre o Rio Grande do Sul, então há uma tendência de até 2017 à região tenha grande ocorrência de chuvas””, pondera o climatologista.


De acordo com Molion, o La Ni&ntilde,a também favorece a formação de geadas e a manutenção de temperaturas até 2°C abaixo da média com o alongamento do inverno. Fator que pode ser prejudicial para a cultura do milho safrinha.


Para uma previsão de similaridade mais alongada, entre 2018 e 2019, o padrão climático deverá sofrer alteração, deixando o Sudeste, Centro-oeste, Norte e Nordeste mais chuvoso, e o Sul com menos presença de chuvas.


Veja também o artigo do Professor Luiz Carlos Molion sobre a Gênese do El Ni&ntilde,o. As observações do especialista sobre a interferência da Lua nas correntes marítimas e consequentemente o aquecimento ou resfriamento dos oceanos.
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Fonte:
noticiasagricolas.com.br

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