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Cafeicultura

Ventania e quebra de safra no ES: produtores de conilon que financiaram produção devem acionar seguradoras

por Fernanda Zandonadi

em 01/09/2022 às 11h14

3 min de leitura

Ventania e quebra de safra no ES: produtores de conilon que financiaram produção devem acionar seguradoras

Os fortes ventos de agosto apontam para prejuízos nas lavouras de conilon do Norte do Espírito Santo. Foram dois episódios de vendaval: o primeiro, em meados do mês, foi responsável por derrubar as folhas de plantas já depauperadas pela última colheita. O segundo, já no final de agosto, atingiu as flores. Nesse cenário, produtores estimam quebra de safra em torno dos 20%. 

“Com menos folhas, a planta vegeta menos, absorve menos luz e calor. No verão, ela não terá proteção para os frutos que estão granando. Perder folhas é muito ruim, especialmente neste período. No final do mês, nosso café florou e veio mais uma ventania. Então, além de perder muitas folhas há 15 dias, perdemos muitas flores. E as que ainda estão no pé caem, ficam queimadas”, conta a cafeicultora Kissia Coutinho Campo Dal’Orto, proprietária da fazenda Flor de Lis, em Linhares.

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O momento, explica Kissia, é de observar os prejuízos e, aqueles que fizeram financiamento da safra, precisam acionar as seguradoras. “Muitos produtores, quando fazem operações financeiras nas lavouras, acionam o seguro rural. Às vezes, eles têm seguro para custeio e investimento e só vão se lembrar no final da safra, quando a frustração for comprovada. Mas é muito importante que os produtores façam o registro neste momento, acionem as seguradoras. Essas seguradoras farão duas visitas. Uma agora e outra na colheita. É melhor deixar isso registrado, senão a pessoa pode perder o direito ao seguro”, explica a produtora.

Hora de acionar as seguradoras

 O diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Pedro Loyola, explica que é preciso verificar se produtores que buscaram o Pronaf ou crédito de custeio aderiram também ao Proagro, um programa do Governo Federal que garante o pagamento de financiamentos rurais de custeio agrícola quando a lavoura amparada tiver sua receita reduzida por causa de eventos climáticos ou pragas e doenças sem controle.

“Se forem produtores nessas condições citadas acima, de Pronaf, eles fazem o Proagro Mais (não é o seguro rural). Em custeio de crédito rural de até R$ 335 mil é o Proagro Tradicional. Não é exigido seguro, mas sim o Proagro e/ou, em sua substituição, o seguro. Então, pode ocorrer, nesses casos de crédito rural oficial, que esses produtores tenham aderido ao Proagro Mais  no Pronaf. Já os produtores não pronafianos, com operações até R$ 335 mil, ao Proagro Tradicional”, explica, orientando os produtores a buscarem os agentes financeiros para esclarecer essas dúvidas.

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