Mais lidas 🔥

Na Vila Batista
Vila Velha certifica sua primeira agroindústria de mel

Mercado
Preços do mamão formosa sobem com oferta menor nas principais regiões

Reconhecimento nacional!
Conexão Safra vence o Prêmio Ibá de Jornalismo 2025

De quarta para quinta
Veja as 55 cidades capixabas que estão sob alerta vermelho para temporais

Previsão do tempo
Instabilidade perde força no ES, mas sábado segue com nuvens e chuva fraca

Há dois anos, o português Paulo Alexandre Esteves Jorge (52) deixou a terra natal e foi morar em Laginha, no município de Pancas, no Noroeste do Espírito Santo. Apreciador de bons cafés, ele se dedica ao cultivo e à produção de qualidade.
“Em Portugal, tive contato com a produção de vinho. Portanto, quando decidi me mudar para o Brasil, e uma vez que estou em uma região produtora de café, foi natural que me interessasse pela cultura. Queria produzir café e agregar valor à minha produção”, conta o português.
Sorte de principiante ou não, fato é que o primeiro café beneficiado por Paulo Alexandre alcançou 83 pontos. Na avaliação sensorial apresentou notas frutadas, de caramelo e mel, finalização longa e corpo aveludado.
Mas nem tudo foram flores nesse processo. Após todo cuidado com os grãos na colheita e pós-colheita e um investimento de cerca de R$ 40 mil em equipamentos, o neo-cafeicultor precisou recorrer à internet para fazer o curso de torra.
É que na região onde mora existe pouco ou nenhum incentivo à produção de cafés especiais. “Eu sempre achei que um curso de torra deveria ser presencial, mas na minha região não encontrei nenhum curso nessa área, então fiz on-line mesmo”, conta.
Cristiani Martins Busato, engenheira agrônoma e coordenadora do Programa de Qualidade do Café Conilon do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) Campus Itapina, onde ajudou a implantar a Casa de Torra, espaço criado para formação de alunos e produtores rurais da comunidade, destaca a importância dos cursos de capacitação na área de cafés de qualidade.
“A capacitação é fundamental para abrir os olhos dos produtores quanto à importância de se fazer um café de qualidade. Aprendendo o processo de produção de qualidade, o produtor entende por que o valor agregado é maior. Mas, infelizmente, ainda temos pouca oferta de cursos aos produtores. Justamente por isso nos dedicamos muito para criar esse espaço para oferecer capacitação em qualidade do café”, conta a agrônoma.






