Feira de cafés da Austrália deve render US$ 14,5 milhões ao Brasil
por Assessoria de Comunicação BSCA
em 29/05/2024 às 5h00
6 min de leitura
Empresários brasileiros, integrantes do projeto “Brazil. The Coffee Nation”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), fecharam US$ 3,25 milhões em negócios presenciais na Melbourne International Coffee Expo – MICE 2024, realizada de 12 a 14 de maio, na Austrália. Por meio de 106 contatos comerciais feitos, sendo 49 com novos parceiros, eles têm a expectativa de concretizar mais US$ 11,25 milhões até a próxima edição do evento, o que elevaria o total a US$ 14,5 milhões.
A participação da delegação brasileira na MICE 2024 — principal evento cafeeiro australiano, que reuniu cerca de 11 mil visitantes de todos os segmentos da cadeia global de fornecimento e conectou proprietários de cafés e baristas com produtores mundiais —, deu-se em estande, onde foram realizadas sessões de cupping e havia um brew bar, que apresentou ao público cafés de várias origens produtoras do Brasil, arábicas e canéforas, servidos em diferentes formas de preparo, como filtrados e espressos.
Segundo o diretor executivo da BSCA, Vinicius Estrela, embora seja um país relativamente pequeno, a Austrália é um mercado muito promissor aos cafés do Brasil, com oportunidades para todos os perfis e qualidades. “Cafés commodity são ótimos para a indústria de solúvel; os naturais, com notas de chocolate e caramelo, e os conilons e robustas finos servem bem para espressos; por fim, os cafés especiais brasileiros atendem aos paladares mais exigentes, com seus perfis sensoriais e diversidade de origens”, explica.
De acordo com dados da Organização Internacional do Café (OIC), o consumo de café na Austrália foi estimado em 2,1 milhões de sacas na safra 2022/23, o que corresponde a 4,7 kg per capita. Já a organização de pesquisa McCrindle detalha que 75% dos australianos consomem ao menos uma xícara de café por dia, sendo que 28% desses tomam três ou mais xícaras diariamente. Além disso, 27% da população diz não conseguir viver um dia sem a bebida e 20% se consideram “coffee snob”, ou seja, opta por seu café com base em qualidade e sabor, não se contentando com preparo rápido e preço barato.
“Na Austrália, o café não é apenas uma bebida, ele está enraizado na cultura local, assim como no Brasil. Não à toa, o país está entre os mercados-alvos do projeto que desenvolvemos com a ApexBrasil, pois é vital ampliarmos a participação do produto brasileiro em um consumidor tão relevante e, também, formador de opinião no cenário global”, comenta o diretor executivo da BSCA.
Em 2023, conforme dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), a Austrália importou 434 mil sacas do produto brasileiro, ocupando o 21º lugar no ranking dos principais destinos. Apesar de um volume não tão impactante no contexto total das exportações nacionais, esse montante representa cerca de 21% do consumo total da bebida no país da Oceania, projetado em 2,1 milhões de sacas.
BRAZIL. THE COFFEE NATION
O projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, realizado pela BSCA em parceria com a ApexBrasil, tem como foco a promoção comercial do café especial brasileiro no mercado internacional, reforçando os pilares de qualidade, diversidade e sustentabilidade. A iniciativa tem como objetivo apresentar o Brasil como uma nação dotada dos recursos naturais essenciais para o cultivo dos melhores cafés e que investe ativamente para atingir os mais altos requisitos de qualidade, de forma sustentável e em observância a rígidas normas de direito social e ambiental.
Com vigência até agosto de 2025, uma das prioridades do projeto será investir em ações de qualificação e diversificação, com foco no apoio aos produtores de café canéfora (robusta e conilon) do país, nas certificações de qualidade e de sustentabilidade e nos cafés produzidos por mulheres, fomentando a equidade de gênero na cafeicultura brasileira e a capacitação de provadoras profissionais de café. O projeto atual tem como mercados-alvo: i) África do Sul, Austrália, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, França, Japão, Malásia, Polônia, Rússia e Taiwan para os cafés crus especiais; e ii) Canadá, Chile, China e Estados Unidos para os produtos da indústria de torrefação e moagem.
Mais Conexão Safra
SOBRE A APEXBRASIL
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira.
Para alcançar os objetivos, a ApexBrasil realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil.
A Agência também atua de forma coordenada com atores públicos e privados para atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país.
SOBRE A BSCA
Fundada em 1991, a Associação Brasileira de Cafés Especiais congrega pessoas físicas e jurídicas nos mercados interno e externo de cafés especiais, e busca difundir e estimular o aprimoramento técnico na produção, comercialização e industrialização desses produtos, além de promover, principalmente nas áreas cafeeiras, a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento ambiental sustentável através de programas, projetos e parcerias com entidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras.
A BSCA tem por finalidade, por meio de parcerias para pesquisas, difusão de técnicas de controle de qualidade e com as promoções de produtos, elevar os padrões de excelência dos cafés brasileiros oferecidos nos mercados interno e externo. É a única instituição brasileira a certificar lotes que podem ser monitorados por selos de controle de qualidade de cafés especiais, com rastreabilidade total através de numeração individual, cujas consultas são disponibilizadas pela BSCA aos consumidores.
Por todas as ações, iniciativas e cases de sucesso, a BSCA é reconhecida internacionalmente como a vanguarda da produção de cafés finos no Brasil e sua atuação é contínua na promoção dos produtores e cafés brasileiros.
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